Siqueira inicia mobilização e declara: "estou aberto ao entendimento"

Mantendo-se como o nome mais lembrado para o governo do Estado em todas as recentes pesquisas de opinião para 2010, o ex-governador José Wilson Siqueira Campos (PSDB) recebeu o Site Roberta Tum para uma entrevista no final da tarde de ontem, quarta-f...

No escritório que mantém funcionando em sua casa, na antiga arse 21, região central de Palmas, o ex-governador Siqueira Campos mantém uma agenda pautada em receber e conversar com os companheiros políticos da Capital e do interior que continuam buscando sua orientação e liderança nos últimos seis anos e nove meses distante do poder. Com a inteligência que lhe é peculiar, e a experiência única de quem promoveu o movimento definitivo de criação do Estado, implantou a Capital e fez as maiores obras de consolidação do Tocantins, Siqueira se prepara para mais uma campanha: está decidido a disputar o governo no ano que vem.

Conversando com o Site Roberta Tum no final da tarde de ontem, quarta-feira, 21, o ex-governador passou ao largo das críticas, não citou adversários, mas demonstrou manter o foco naquele que é seu objetivo maior: retomar o comando do Palácio Araguaia. Segundo ele, para concluir sua missão, recuperar administrativamente o Estado, promover novamente o crescimento da economia: “o empresariado forte é um cobertor que promove o emprego, e por consequência, a circulação de riquezas”.

Mas Siqueira demonstrou também estar preocupado com a necessidade de que o Estado promova oportunidades de desenvolvimento para as crianças e adolescentes. “Vejo nossas crianças de hoje sem perspectivas. Elas estão cercadas por um muro de dificuldades. Como é que estes jovens e crianças vão disputar num mercado globalizado, que exige cada vez mais deles? Como serão vitoriosas amanhã, se não são preparadas para isto?” questionou.

Acompanhe em tópicos as principais afirmações de Siqueira Campos, em entrevista exclusiva a este site.

O presente

“Não estou querendo falar muito. Não quero fazer críticas, por que elas de nada adiantam. Estou dedicado à minha missão que é a de mobilizar o nosso povo para recuperarmos o Estado, promovermos o resgate administrativo, a moralização da máquina. E então poder promover o crescimento econômico. Poder cuidar de nossas crianças. Veja bem, eu criei o primeiro programa de transferência de renda no Brasil, que foi o Pioneiros Mirins. Nossas crianças hoje estão desassistidas, sem perspectiva de futuro”.

Sobre os companheiros

“Eu não serei inflexível. Estou aberto ao entendimento. Precisamos contar com todos os que têm compromisso com o povo do nosso Estado. O que passou, passou. Eu não tenho o que cobrar de ninguém. É como se tudo começasse hoje. Agora, a situação do Estado é crítica, é preocupante. Precisamos das pessoas boas. Dos políticos que têm compromisso com o Estado. A máquina precisa ser moralizada.”

As alianças

“Eu sou um homem aberto aos entendimentos. Se não fosse assim eu não teria conseguido criar o Tocantins num plenário de 600 parlamentares. É lógico que eu tive o apoio integral do meu partido, o PDC, que me deu toda liberdade de fazer os entendimentos, e saí de lá vitorioso”.

Manter a autonomia

“Hoje que o Estado está implantado, minha maior preocupação é não enfraquecer a nossa autonomia. É fazer com que o poder público atenda o povo e suas necessidades. Minha preocupação é com as crianças e adolescentes que estão neste ponto do Brasil, e que estão crescendo sem perspectivas. Eles poderão competir neste mundo globalizado? Nós precisamos estar sintonizados com estas evoluções todas”.

O empresariado

“Nós não podemos ter preconceito com nenhum segmento. Nem com o empresariado, nem com a classe média, com ninguém. O empresariado é este grande cobertor, que promove o emprego, e portanto a circulação de riquezas. Eles precisam ser muito bem apoiados. Se o povo tiver emprego, e for bem remunerado, todo mundo se dará bem. Precisa haver uma sintonia neste sentido”.

Sobre o Senado

“Eu fico ouvindo este e aquele dizer que eu seria um bom candidato ao Senado. A questão é que eu não estou à procura de cargos. Não poderei fazer o que é preciso para resgatar este Estado no Senado, ou na Câmara. Estou aberto ao entendimento, mas não me ofereçam nada. Venham se juntar, os que quiserem nos ajudar a mobilizar nosso povo para tirar o Estado desta situação que é crítica e preocupante. Nós vamos resgatar a confiança do povo nos seus verdadeiros líderes e no seu governo. Sem isso não será possível evitar a grande tragédia social que se esboça”.

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