Solange e Pedro Dualibe depõem, mas não acrescentam informações ao que já haviam dito: MPE vai investigar empresa que depositou R$ 120 mil

O promotor de Justiça Adriano Neves vai investigar a empresa Miranda e Silva, que fez o depósito de R$ 120 mil na conta de Rosilda Rodrigues dos Santos, ex-assessora da deputada Solange Dualibe. A decisão do promotor foi tomada depois de ouvir a depu...

A empresa Miranda e Silva, responsável pelo depósito de R$ 120 mil na conta da ex-assessora da deputada Solange Dualibe (PT), será investigada pelo promotor Adriano Neves. De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério Público Estadual (MPE), o promotor quer saber se a empresa está ligada à Delta ou ao esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso durante a Operação Monte Carlo da Polícia Federal.

Neves ouviu nesta segunda-feira, 9, a deputada e o irmão dela, ex-secretário de Governo e de Meio Ambiente e Serviços Públicos, Pedro Dualibe. Pedro tinha procuração para movimentar a conta de Rosilda e, em seu depoimento, reafirmou que o dinheiro provinha da venda de uma retroescavadeira.

O promotor, por meio da assessoria do MPE, informou, ainda, que Solange e Pedro não acrescentaram nenhuma informação ao que já haviam dito, inclusive para a imprensa.

Raul será ouvido

Dia 12, Adriano Neves deve ouvir o prefeito Raul Filho (PT), como parte do procedimento aberto para investigar o envolvimento de agentes públicos do Tocantins com a Delta e com Cachoeira.

Entenda o caso

Rosilda Rodrigues dos Santos tinha cargo no gabinete de Solange há cerca de três anos e recebia R$ 4,8 mil mensais. Sua exoneração, publicada em 10 de abril, foi retroativa a 1º de março, um dia depois da Operação Monte Carlo, na qual foi preso o bicheiro Carlos Cachoeira.

Ao MPE, Rosilda disse que ela e Solange eram amigas de infância, contradizendo a deputada que, em discurso na tribuna da Assembleia, logo depois da descoberta do depósito de R$ 120 mil, disse que, conforme informou à Folha de S.Paulo, tem mais de 60 assessores no Estado e não sabia se conhecia Rosilda.

“No que tange a vida particular dos meus funcionários eu não me envolvo”, destacou a deputada no pronunciamento, feito em 2 de maio. Solange informou, também, que não se responsabilizava por atos de seus assessores.

Semana passada, a deputada disse ao Site Roberta Tum que Rosilda não era sua amiga, mas, sim, amiga de sua família. Solange afirmou ainda que, quando Rosilfa nasceu, ela já tinha 20 anos e que, portanto, não poderiam ser “amigas de infância”.

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