O grupo de partidos da base do governo em Gurupi caminha para uma definição nos próximos dias de quem representará a força política tradicionalmente aliada ao governador Siqueira Campos, na disputa pela cadeira de Alexandre Abdalla(PR).
São quatro pré-candidatos com os nomes colocados, entre os quais o apresentador e vereador Marcão do Povo, que tem bom desempenho nas consultas internas promovidas pelo seu partido, mas ainda tem pendências na justiça que podem inviabilizá-lo.
Por estas e outras, ao que tudo indica, com a brecha aberta por uma resolução do TRE, a suplente de deputada federal Goiaciara Cruz, viúva do prefeito João Cruz está de volta ao páreo.
Resta saber agora se Goiaciara comporá na vice de Oswaldo Stival, ou se encabeçará a chapa. Empresário conhecido em Gurupi, no ramo do agronegócio, Stival tem um perfil com potencial de agradar o eleitorado e formadores de opinião em Gurupi. Pode representar uma gestão austera e a recuperação do município já que o prefeito Abdalla não termina o mandato bem avaliado pela opinião popular.
Goiaciara por sua vez traz o carisma dos áureos tempos de João Cruz prefeito, e o legado de ser considerada “a mãe dos pobres”. Numa composição os dois ficam fortes para enfrentar nas urnas a outra dupla que acaba de ser referendada por seus partidos: Laurez prefeito e Dolores vice.
Oposição amena de Laurez tem significado
O deputado federal que responde pela coordenação da bancada em Brasília, depois de articular esta liderança dentro de uma grande composição, disputará a prefeitura com o apoio daquela que tem o maior patrimônio político acumulado das últimas eleições: a deputada Josi Nunes, do PMDB, que abriu mão de disputar. Laurez é o que se pode chamar de uma oposição amena.
Numa conversa há algumas semanas a deputada Josi me adiantava que não se arriscaria num cenário que poderia revelar surpresas sem ter se preparado para isto. Na verdade, na última eleição suas condições estruturais eram melhores, já que pertencia ao partido que estava no governo do Estado, e teve apoio para disputar.
Ao se aliar a Laurez e indicar na vice, a mãe, Dolores, ex-deputada federal, também bastante querida – especialmente da população mais necessitada - em Gurupi, a deputada aposta numa composição com chances de vitória.
Do jeito que as coisas caminham, haverá uma disputa equilibrada em Gurupi. Com um diferencial: na cidade, já circulam rumores de que o governo terá sua base participando, mas não tem arestas a acertar com Laurez e Dolores.
Sendo assim, quem vencer terá a parceria do governo. Resta saber se o grupo siqueirista na cidade deixará barato a disputa para Laurez, que enfrenta de público o questionamento de lideranças da cidade, como é o caso do presidente da Câmara Municipal, vereador Jonas Barros, do PV.
Para “Cancão”e outros, Laurez trabalhou pouco por Gurupi, e não reúne as condições de ser o administrador que a cidade precisa neste momento.
Seja lá como for, uma coisa é certa: Gurupi precisa de mais do que tem recebido em gestão pública. Há 20 anos, era a cidade mais punjante do Estado, com um futuro de promessas, que incluía a industrialização.
Passado o tempo, Gurupi parece uma planta que por falta de água e cuidado, atrofiou e deixou de crescer. Quem quer que seja eleito tem uma grande responsabilidade com a cidade: resgatar sua auto estima e posição de liderança na economia do Sul Tocantinense.
Comentários (0)