Super chapa pode unir Raul, João Ribeiro e Siqueira

Recebi mais comentários "em off" pessoalmente, via email e por telefone nos últimos dias, do que aqui pelo site, sobre a homenagem que o prefeito Raul Filho(PT) tenta fazer ao ex-governador Siqueira Campos trocando o nome da avenida Theotônio Segurad...

A coisa toda não está sem fundamento. Senão vejamos. A fonte número 1, que migrou da UT para a base do governo garante que o articulador maior da aproximação entre Raul e Siqueira é Darci Coelho. O próprio secretário municipal, ainda em campanha já dizia que iria trabalhar para “trazer” utistas de carteirinha e o próprio ex-governador para perto de Raul. Até aí, nada demais. O público leitor e eleitor, já assimilou a mudança de Darci.

A fonte número 2, das hostes siqueiristas mais ferrenhas, garante que a aproximação começou via Eduardo Siqueira. Conversas, jantares, e por fim a eleição de Wanderlei Barbosa para a presidência da Câmara Municipal foram passos dados rumo a uma proximidade política e aliança. O ex-senador teria descartado o apoio à Valdemar Júnior e orientado os dois vereadores da UT a votar com a base de Raul sob um argumento: “O maior inimigo do grupo é o governo”.

Mas no meio do caminho de uma composição há uma pedra no meio do caminho. E não estou falando das alas mais “puras” ou “radicais” do PT. É o partido. É preciso que o ex-governador deixe o PSDB, para poder compor com os partidos da base aliada do presidente Lula. Existem várias opções. PDT e PSB entre elas. Mas, a porta de entrada mais fácil chama-se PV.

Por isso, o artigo intitulado “O dia em que Lélis elogiou Raul” repercutiu tanto. Afinal, os dois foram adversários até ontem praticamente. Do deputado do Partido Verde é que nasceram as maiores críticas e ações contra a gestão petista. Mas com Siqueira no PV e João Ribeiro no PR, a super chapa estaria formada, sem problemas.

Sobrariam a vice-governadoria para negociar com os partidos da base. E claro, as duas suplências de senador. O objetivo maior seria isolar os Miranda no processo, ouvi em claro e bom som da fonte número 3. Assim, a Marcelo só sobraria a aliança com a senadora democrata Kátia Abreu, tida e falada como a única com coragem para “peitar” a super chapa.

De tudo que ouvi, algumas coisas fazer sentido. A aproximação de Raul com os Siqueiras é notória. Mas em entrevista há alguns dias ele me garantiu que ela não tinha implicações eleitorais. Basta rever nos arquivos a entrevista do prefeito sobre o rompimento com o governo.

De todo modo ainda é cedo. Pelo menos para nós, meros eleitores no processo. Para quem costura alianças no entanto já é tempo. Se não avançar logo rumo às alianças que pretende, o PMDB de Reis, Avelino, Gaguim e tantos nomes pode ficar na chapada.

O PT se uniria ao ex-governador, com a aprovação das bases? É difícil afirmar que sim. Até por que os rebeldes estão bem vivos, como mostra a postura do vereador Bismarque sobre a polêmica da avenida. Vamos esperar para ver a super chapa que vem por aí. Até por que João Ribeiro pode não concordar com as posições até então ventiladas para ela. Hoje, dos três virtuais candidatos ele estaria em melhor posição com os prefeitos de sua base para ser o candidato a governador. Mas isso é hoje. A indicação de candidatos vai acontecer só daqui há aproximadamente um ano. Muita água ainda vai rolar por baixo dessa ponte.

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