Pelo computador ou dispositivo móvel, conteúdos como vídeos, apresentações explicativas de slides, respostas de dúvidas por e-mail e até aula on-line ao vivo tem suprido as demandas das instituições de ensino que tiveram que suspender suas aulas presenciais devido ao aumento do coronavírus no País.
A suspensão tem como base a Portaria nº 343, publicada pelo Ministério da Educação no último dia 18 de março, autorizando “em caráter excepcional” a substituição de aulas presenciais por aulas do modelo de educação a distância (EAD). Com isso, até mesmo universidades e faculdades mais resistentes ao ensino pela internet reforçam a importância da Educação A Distância, modalidade que também é escolha daqueles que almejam se qualificar no período de isolamento.
A mestre em Educação e Contemporaneidade, pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Cíntia Dantas, 31, está no 4º semestre de Pedagogia EAD, na Uninassau, e destaca que um dos maiores desafios de quem estuda por EAD é manter a disciplina. “É preciso ficar atento ao comportamento pessoal para não cair na armadilha de se atrapalhar com os estudos. Tem que ter muita disciplina porque o fato de ter o tempo que quiser para fazer as atividades, às vezes, atrapalha porque você vai deixando para a última hora”, alerta.
Embora em maior destaque por causa do coronavírus, o modelo de ensino EAD já demonstra constante crescimento e, até 2023, mais alunos se matricularão em cursos da modalidade de Educação a Distância do que nos presenciais, indica a projeção da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes).
O cenário também é apontado pelo Censo da Educação Superior, realizado pelo Inep/MEC. Conforme a pesquisa, em 2018 houve, pela primeira vez na série histórica, mais vagas ofertadas a distância (7,1 milhões) do que em cursos presenciais (6,3 milhões).
Entre os motivos apontados pelos estudantes para a escolha do ensino EAD estão maior flexibilidade para estudar e economia nas mensalidades. Isso porque para uma instituição manter um curso a distância não tem os mesmos gastos que teria se as aulas fossem presenciais. Além disso, o aluno economiza com deslocamentos, alimentação fora de casa e cópias de apostilas.
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