"É preciso apontar formas reais de superação para a exclusão que a juventude negra vive na sociedade atual. “Combater a discriminação exige enfrentar a questão racial. Não fazê-lo só serve para os verdadeiros racistas manterem tudo como está "
Carlos Alberto Medeiros
Guarujá, em São Paulo, será palco para um grande encontro de discussão, o II Fórum Nacional da Juventude Negra que acontece nos dias 25 a 27 de julho. Uma delegação tocantinense com 10 pessoas participará do evento que tem por objetivo dialogar com as demandas da juventude negra a nível nacional com movimentos sociais, instituições públicas, colocando a juventude como protagonista dos direcionamentos políticos referente a sua realidade.
A idéia é dar direcionamento para a construção de um novo panorama social para o contexto juvenil étnico/racial de nosso país. Ora, mas como anda a juventude negra em nosso país? Após 120 anos de abolição da escravatura qual a representatividade que nós, negros temos perante esta sociedade que tanto nos maltratou? As estatísticas apontam que são os negros que compõem o maior contingente carcerário, que mais lotam as filas de desempregados.Os que menos tem acesso à universidade e a formação em profissões de linha de ponta na sociedade.Como "relaxar e gozar" diante disso?
A representatividade do negro na sociedade e na mídia é reduzida á uma questão de melanina e pele, de capoeira e hip hop, de criminalidade e tráfico. Essa dívida social não se paga por meio de cotas nas universidades.
Vamos sim à Guarujá, moçada! É Preciso discutir, desenvolver propostas e projetos que visem incluir o negro na sociedade, mas não como empregado ou traficante, como um agente transformador, um cidadão com direitos e deveres. Somos e queremos mais que isso.
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