TSE cassa segundo governador do ano: Jackson Lago ainda pode recorrer

...

O Tribunal Superior Eleitoral cassou na noite de ontem, por cinco votos a dois, o mandato do governador do Maranhão, Jackson Lago, e de seu vice, Luiz Carlos Porto. A decisão ainda pode ser contestada via recursos ao próprio TSE, e é o que deverá ocorrer nos próximos dias, segundo o governador já anunciou. A segunda colocada, Roseanna Sarney foi indicada na decisão para assumir o mandato, por ter sido a segunda colocada no pleito, mas isto só deverá ocorrer após esgotados todos os recursos que cabem ao TSE.

A votação não foi unânime, e já dividia os ministros antes mesmo de acontecer. Votaram a favor da permanência de Lago  os ministros Marcelo Ribeiro e Arnaldo Versiani. A favor da cassação votaram os ministros Eros Grau, Fernando Gonçalves, Felix Fischer, Ricardo Lewandowski e o presidente da Corte, ministro Carlos Ayres Britto. O relator, ministroEros Grau, votou pela cassação, tendoi sido acompanhado no voto pela maioria de seus pares.

Lago foi acusado pela coligação que tinha à frente Roseanna Sarney, de diversas irregularidades que configurariam uso da máquina para beneficiá-lo, e a mais dois candidados, contra Roseanna. O marqueteiro da campanha do governador teria concedido entrevista, dizendo que foi uma estratégia sugerida por ele o lançamento de vários candidatos para forçar o segundo turno noEstado, possibilitando assim o enfraquecimento da maior adversária.

O governador Jackson Lago acompanhou a votação cercado de populares, diante do Palácio dos Leões. No Maranhão a queda do governador contraria a vontade popular, segundo fontes da imprensa, e beneficia o grupo do presidente do Senado José Sarney. Mais seis governadores aguardam julgamento por acusações de beneficiamento no uso da máquina e comprade votos. São eles os governadores de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (PMDB), de Rondônia, Ivo Cassol (sem partido), de Sergipe, Marcelo Déda (PT), de Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), de Roraima, José Anchieta Júnior (PSDB) e do Amapá, Waldez Góes (PDT). (Com agências)

Comentários (0)