Assisti ontem, no auditório do Campus II da Universidade Católica do Tocantins, ao primeiro debate real entre os candidatos a prefeito de Palmas. Os cinco atenderam ao chamado da organização. Foi um debate civilizado, e com baixa interferência da platéia, desta vez, efetivamente composta por estudantes, e pequena parcela da claque dos candidatos.
Se é difícil mensurar quem "venceu" o debate, pelo equilíbrio das posições adotadas e propostas apresentadas, uma coisa é certa:ninguém perdeu em ter comparecido. Nilmar, candidata da Aliança da Vitória esteve melhor preparada, inclusive para enfrentar os ataques que vem sofrendo de todos os adversários, provavelmente por que lidera as pesquisas de intenção de voto há mais de um ano.
Raul Filho, foi novamente o mais agressivo. No tom, na postura e nas palavras fortes, o petista demonstrou ter sido bem preparado pelos seus marketeiros, inclusive pontuando frases perfeitas para edição de programas de telãoe outros similares que já podemos encontrar circulando por aí, na mão da militância. Talvez tenha adotado esta linha, por er o terceiro colocado - de novo - na última pesquisa de opinião. E o que detém maior índice de rejeição.
Não houve agressão direta, não houve pedido de resposta. O tom de piada de mau gosto ficou por conta de Getúlio Vargas que pretende ser o "mais engraçado" dos candidatos, nem que para isso tenha que buscar ridicularizar os outros. Na linha que vai, o máximo que Getúlio conseguiu foi arrancar risadas. Voto, já é outra história.
Marcelo Lélis apresentou a proposta até agora mais clara e mais consistente para "consertar" o que talvez tenha sido o maior erro da administração petista: a mal sucedida mudança no transporte coletivo da cidade. Lélis também tentou se desvencilhar da lembrança de autoritarismo que pesa sobre seu grupo político afirmando que vai administrar sobretudo para a cidade,"e não para um grupo político, ou partido".
Raul desfilou números que segundo sua avaliação, "provam", que Palmas avançou durante sua gestão. Algumas coisas soam como se ele falasse de outra cidade. Mas seu desafio é este: mostrar que apesar dos erros, foi um bom gestor. Não sei em quem os indecisos definiram votar a partir de ontem naquele auditório. Mas os estudantes já têm elementos para decidir seu voto. Seja para quem for.
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