Um tempo para ser feliz

Hoje é sexta-feira. Último dia da semana. A pausa na pauta política deste final de tarde se faz necessária para mudar a sintonia, o rumo e o prumo. ...

Aos leitores habituados a outro tipo de texto vou logo avisando: este artigo é uma transgressão aos temas que usualmente trato aqui. Mas é necessário.

Ao final de uma semana cheia de notícias ruins e desesperançosas - pontuadas com algumas boas (como não comemorar o fim do contrato do Estado com a Pró-Saúde?) - ninguém merece mais ouvir falar da ladainha de sempre da cobertura política. Tem hora que cansa não é mesmo?

Então vamos falar de coisas boas, que a gente não faz, não vive, e vai deixando pra lá, num eterno sobreviver e conquistar coisas, que se sobrepõe à necessidade de viver melhor, de cuidar da saúde, de “perder” tempo com as brincadeiras bobas dos filhos, de abrir tempo na agenda para os amigos, ou de simplesmente não fazer nada. Ficar à toa, deixando a mente se auto recuperar, como um computador que precisa fazer backup de si mesmo de vez em quando.

E por que digo isto nesta sexta à tarde, véspera de sábado? É que as notícias estão aí mostrando que muito pouca coisa vale a pena nesta vida. É gente ruim explorando criança. É atropelamento por excesso de estupidez no trânsito. São perdas inesperadas. E a gente vai levando, empurrando, sobrevivendo.

Por isso, hoje é dia de parar. De ir à feira. De caminhar no bosque. De ouvir aquela música antiga que te faz bem e relembra tempos em que a gente se julgava capaz de tudo.

Hoje é dia de viver como se fosse o último (mas sem pressa), de se dar mais atenção, de ser generoso com alguém.

Mês que vem, teremos em Palmas mais uma edição do Movimento Pela Vida, uma coisa diferente que acontece neste coração do Brasil. Tempo que um bando de gente “maluca”, tira para se reunir e falar do planeta, das relações humanas, do que podemos fazer de melhor pela geração que nos sucederá.

Fui tomada de repente por esta nostalgia, de querer um tempo em que todos possam ser amigos, em que ninguém se acuse mutuamente de ladrão, em que ainda se possa confiar em duas ou três pessoas, e acreditar em lideres.

Daqui, depois desta pausa, vou à feira. Ouvindo uma velha canção. Recomendo o mesmo à vocês: determinem uma pausa no stress. Faz bem à vida. Faz bem à alma.

Segunda-feira estarei de volta, com mais apetite para estes temas chatos que a gente tem que enfrentar, por que fazem parte das nossas vidas.

Um bom fim de semana, de paz e alegria a todos!

P.S: Fui ao médico hoje e voltei proibida de tomar coca-cola, meu único vício. Estou assim neste espírito, mas não se preocupem, rapidinho passa. Prometo que não vou vender shake.

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