Ninguém está livre de errar. Empresas, profissionais, instituições ou governos. Erros pequenos, às vezes pessoais, chegam a prejudicar potencialmente imagens construídas por décadas até mesmo em companhias econômicas poderosas no mundo. O mercado é assim: vive e sobrevive de imagem. No Tocantins, o governo vive uma crise que precisa urgentemente ser gerenciada. E não é de comunicação, mas de imagem.
Nos últimos dias, assisti alguns setores ligados ao governo tentando atribuir, ora aos veículos de comunicação, ora à estrutura da secretaria de Comunicação a repercussão na mídia de fatos negativos. È bobagem. A imprensa não inventou os erros que a empresa contratada para bem atender a Unitins/Secad cometeu. Também não foram os veículos os responsáveis pela publicação, duas vezes seguidas de gabaritos oficiais, errados.
Alguém que tinha por obrigação fazer certo, não fez. Outro alguém, acima deste que tinha a obrigação de corrigir, também não o fez. Não sei de quem é a Fundação Universa e isso afinal pouco interessa, já que o interesse público está acima do privado. Também não sei o por quê de tamanha proteção à custa do sacrifício da imagem do governo, e em última instância do próprio governador, Marcelo Miranda. Este, diga-se de passagem, que assumiu desde o início do seu governo como meta e questão de honra, promover concursos sem qualquer influência política nos resultados.
Está nítido que a falta de competência em resolver problemas afeta a imagem de um governo que no quesito “Concurso Público”, vem buscando fazer a diferença desde que começou. Se fosse empresa privada, meia dúzia de cabeças já teriam rolado. Um comitê de gestão da crise estaria formado. Num governo, isso é mais importante ainda, por que os prejuízos não podem ser medidos em queda nos lucros, mas em perda de credibilidade.
Os deputados da bancada do governo já não têm argumentos nem discurso. E a oposição – que quando estava no governo não tinha voz para reclamar - acaba falando pelos mais de 100 mil inscritos , que assistem angustiados a esta seqüência de erros. Falta atenção. Falta compromisso. Falta de levar a sério e fazer valer os R$ 1, 3 mi que estão sendo pagos.
É um absurdo, que deixa indignados os amigos do governo, que sofrem com ele. Um desconforto para quem prestou o concurso, e um prato cheio para oposição. Não há agenda positiva de inaugurações de obras que dê conta. Se quiser chegar ao final do seu governo bem, o chefe do Executivo vai precisar limpar os incompetentes à sua volta. E rápido.
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