Venda e concessão de áreas públicas esquenta debate na Câmara

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O que parecia ser um dia ameno - intervalo entre discussões acaloradas que já aconteceram na Câmara Municipal esta semana -  terminou  completamente diferente do que começou. Com 22 requerimentos na ordem do dia para votação única, os vereadores encerraram a sessão após as 13 horas, depois de muita discussão envolvendo a cessão e venda subsidiadade áreas de que o Estado possui na Capital.

O foco da discussão foi polarizado entre os vereadores Milton Néris(PT) e Fernando Rezende(DEM), com a interveniência de outros vereadores, a exemplo do líder da bancada do prefeito Bismaque (PT),Lúcio Campelo(PR) e Wanderlei Barbosa (PSB). Néris usou a palavra após Fernando Rezende fazer uso da tribuna em defesa do Projeto Orla, explicando a distribuição dos recursos advindos da venda de lotes na Capital.

"Eu não vou aceitar ser taxado de irresponsável por estar pedindo informações, que é um direito meu", disparou Néris, em resposta a fala anterior de Rezende que havia argumentado que não podem ser feitas acusações irresponsáveis sobre a "doação" de áreas pelo estado a empresas. "O governo do estado não doa, vende subsidiado, para empresas, pessoa jurídica que vá gerar emprego e renda na cidade", explicou o vereador governista.

Néris rechaçou a justificativa: "Não quero tratar aqui de casos pontuais, e não aceito resposta dos meus pares. Fiz o requerimento pedindo informações do governo do Estado. Se ele não achar por bem dar, nós vamos buscar outros caminhos", salientou.

O vereador Milton Néris apresentou várias cópias de documentos. Uma delas certifica a venda de uma área destinada a construção de posto de gasolina. "Esta área, que por muito barata custaria R$ 150 mil, foi vendida a uma imobiliária por R$ 34.700, e revendida no mesmo dia por R$ 50 mil", afirmou. Outro documento mostra que a Celtins obteve uma dação em pagamento, de  área de cerca de 200 mil metros quadrados, por ter instalado rede e postes de energia no Taquari.

Em contrapartida, o vereador apresentou um documento encaminhado ao governo do Estado pedindo área para ampliação do Distrito Industrial,que segundo ele não foi respondido. "O que eu questiono é isso: são dois pesos e duas medidas. Precisamos por às claras os critérios para cessão e venda destas áreas dentro do município de Palmas", finalizou.

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