Wanderlei a um passo da presidência

...

O vereador Wanderlei Barbosa (PSB) está a um passo de se tornar o novo presidente da Câmara Municipal de Palmas, cumprindo o acordo de bastidores selado entre o prefeito reeleito Raul Filho, e os partidos que o apoiaram nas últimas eleições.

No caminho de Wanderlei dentro da base aliada ainda resta o vereador Hermes Damaso. De perfil conciliador Damaso ainda divide os votos, mas não tem a maioria para pender a balança ao seu favor.Pelo menos até o começo da tarde desta terça-feira,30.

Esta manhã, fiz uma pergunta direta ao vereador Ivory de Lira - que vem mantendo seu nome na disputa apenas para fazer uma cortina de fumaça - "o senhor já retirou sua candidatura?" Ele titubeou para responder: "ainda não, estamos conversando". Eu insisti: "mas eu soube que o senhor já manifestou apoio ao veredor Wanderlei, e que só falta a adesão de Damaso... é verdade?" E Ivory: "é possível". Para bom entendedor, um pingo é letra.

Com a eleição bem encaminhada, Wanderlei Barbosa começou a campanha tendo da sua base, Milton Néris, e de fora dela, Lúcio Campelo, da UT. Hoje pela manhã, cercou o voto do vereador eleito Aurismar Cavalcante. Este, que já tinha se entendido com Valdemar Jr., refluiu e não quer votar contra seu grupo, a UT, do senador João Ribeiro, que apoia Raul.

Mas Cavalcante também está entre a cruz e a espada. De um lado quer se manter na oposição ao prefeito, e ocupar a lacuna deixada por Marcelo Lélis, e agora, por Warner Pires. Sua decisão em votar num candidato a presidente da base de Raul, se daria para garantir espaço na Mesa Diretora, e na divisão dos cargos -  oportunidade de acomodar seus companheiros.

Mas votar num presidente Raulzista, fazendo oposição ferrenha ao prefeito, não deixa de ser incoerência para o vereador que chega agora, com todo um caminho pela frente. Afinal, ser ou não ser oposição, com todos os seus ônus e bonus? esta é a dúvida que Cavalcante enfrenta e tem até quinta-feira para responder.

Enquanto isto, a guerra é nos bastidores, entre Wanderlei e Damaso. O grupo marcelista só tem cinco, já que o sexto voto, de Cavalcante, bateu asas e vôou. Só com cinco votos, nem Valdermar, nem Carlos Braga têm chance de garantir a presidência. Agora resta ver se os cinco votos da   Aliança permanecem juntos até às 16 horas de quinta-feira, quando acontece a votação. Até lá tudo é possível. Até o grupo governista decidir compor e apoiar Damaso.

Roberta Tum

roberta@blogdatum.com

Comentários (0)