A vereadora Warner Pires(PR) é conhecida por suas posições firmes, e por não mudar de lado ao sabor das vitórias ou derrotas em cada eleição. Na manhã desta terça-feira, 18, na Câmara Municipal de Palmas ela falou ao Blog da Tum sobre sua avaliação do processo eleitoral em que concorreu à vice-prefeita na chapa do deputado Marcelo Lélis (PV), e adiantou seus planos para o futuro: "Até 31 de dezembro honrarei meu mandato de vereadora, fiel ao meu partido, ao grupo político que sempre pertenci. Mas a partir de janeiro do ano que vem volto a ser cidadâ, e como tal estarei livre para fazer novas escolhas".
Vereadora, quais são seus planos na política a partir de agora?
Warner Pires - Em política a gente tem que ousar. Tenho planos de continuar atuando, pois nós temos história ajudando a construir a capital, e o estado. Nesta campanha meu trabalho foi de base. Não sei avaliar se foi uma má escolha ter sido candidata a vice, por que tenho convicção de que teria minha reeleição como vereadora garantida. Mas é o que digo, política é ousar, é conquistar novos espaços. Acredito que sai melhor do que entrei. Quem tinha 6% de intenções de voto chegar em segundo lugar, a frente de uma candidatura de governo, é uma vitória.
Mas diante do trabalho que a senhora fez, e tendo ampliado seus contatos e sua base, a senhora acha que viabilizou uma candidatura a deputada estadual daqui há dois anos?
Warner - Sim, acredito que isso é possível, mas vai depender de como as coisas vão se acomodar, como os partidos vão ficar, e de espaço.Eu tenho um grupo de senhoras que acredita no meu projeto político, andei todas as quadras de Palmas ao lado da deputada Luana Ribeiro. Vamos ver como as coisas se acomodam.
Houve um momento da campanha, segundo análise de marqueteiros que sua chapa tinha tudo para vencer as eleições, e que a associação à imagem do ex-governador na campanha teria atrapalhado. De quem foi esta decisão?
Warner - Eu penso assim: O Siqueira é um grande líder, e ter o apoio deste grupo representava 30% dos votos. Mas as pesquisas mostravam que o público que estava migrando para a nossa campanha era de servidores públicos, e eles tinham receio desta associação à imagem do novo, que a nossa chapa representava. O nosso pessoal de marketing era contra...
De quem foi a decisão?
Warner - Da Cláudia (esposa do candidato a prefeito) e do próprio Marcelo Lélis. Eu fui voto vencido. Eu achava que a participação deveria ser mais discreta...
E o senador João Ribeiro, foi um vitorioso na opinião da senhora?
Warner - Com toda certeza! Ele foi um grande coordenador. Agiu sempre como um companheiro, se empenhou de corpo e alma na campanha, arcou financeiramente com ela. Eu aprendi muito com o João e hoje me sinto, de todos, mais próxima dele. Inclusive ele nunca usou o poder de mando como coordenador geral para impor, sempre conversou.
E de agora pra frente a senhora pretende permanecer neste grupo?
Warner - O momento é de esperar as coisas se acertarem. Eu tenho mandato e até 31 de dezembro vou cumprí-lo, fiel ao meu partido e ao meu grupo. A partir de janeiro volto a ser uma cidadã comum e posso migrar, optar por outro grupo. Não tenho vínculo com ninguém. O que tenho é uma gratidão pelas pessoas com quem convivi, especialmente com o João Ribeiro.
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