O problema dos servidores públicos que o Estado vem enfrentando, na tentativa de encontrar soluções harmônicas com a necessidade do serviço público, o discurso adotado em campanha e a disponibilidade de caixa, caminha para o fim nesta segunda-feira. Pelo menos no que toca à parte mais melindrosa.
Com dois concursos em vigência, o governo levou seis meses para operacionalizar a chamada dos reservas, evitando o custo de fazer outro concurso, o que por lei teria que realizar para cumprir a determinação de substituir comissionados por concursados nascida lá no STF naquela decisão provocada pelo próprio PSDB que agora governa.
Dia 9 de junho fez um ano da decisão que determinava a exoneração dos comissionados, antecipada pelo governo para os primeiros dias de janeiro, logo depois da posse do governador.
Ao chamar os reservas, o que o governo Siqueira Campos faz, na verdade é colocar um ponto final na desconfiança de que talvez fosse protelar mais esta chamada, aproveitando o meio tempo para manter na folha os temporários. Estes escolhidos a dedo, sob a sombra da suspeita de favorecimento a correligionários, tal e qual os comissionados tão combatidos.
Agora, nesta segunda-feira, em que publica o Diário Oficial com a chamada, o governo cumpre outra obrigação legal: conceder as progressões vencidas. E no diário de hoje estarão publicadas, segundo garante o secretário de Planejamento Eduardo Siqueira, as progressões do Quadro Geral, da Saúde e da Educação. Na esteira destas virão logo em seguida, as da Segurança, onde faltava criara cargos para efetivá-las.
Na lista das pendências ainda vai restar a realização do concurso do Quadro Geral. Mas o governo ganhou um fôlego, limpando a pauta e zerando a agenda neste começo de semana. Poderá agora, com calma, decidir o que fazer, quantas vagas oferecer, e em que funções. Repito: não será o mesmo quantitativo oferecido no governo Miranda.
Não que as necessidades diminuíram. É que o novo governo quer trabalhar com a máquina enxuta e com folga para ir ajustando as necessidades entre temporários e efetivos. Pelo menos esta é a explicação.
De toda forma, a boa notícia é que, com a pauta de discussões com servidores zerada, o governo pode cuidar de outras coisas. E não falo só das obras e recapeamento de estradas, asfaltamento de novos trechos e conservação das estradas vicinais.
Governo precisa se ocupar com outra pauta
O que precisa pautar a agenda do governo, e urgente, é a atração de investimentos. É encontrar formas do capital privado se instalar aqui gerando empregos. Para que se possa virar a página da história do Tocantins em que o maior empregador é o Estado. Dado pernicioso demais para nossa economia.
O Estado que é gigante nas duas dimensões, pode ser gigante também não só na produção de grãos e carne. Está passando da hora de dar um passo à frente. Energia nós temos, dinheiro para conservar estradas pelo visto, também. Agora está faltando gente com visão e capacidade para comandar a industrialização do Estado. Já com alguns anos de atraso.
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