Ações do Projeto Nova Feirinha serão feitas em etapas, com prazo para desocupações

Foi decidido que atividades serão divididas em etapas para que possam amenizar impactos sociais causados pela desocupação da região, bem como por fim à Ação Civil Pública impetrada pela Defensoria

Coletiva sobre ações do Projeto Nova Feirinha
Descrição: Coletiva sobre ações do Projeto Nova Feirinha Crédito: Foto: Marcos Filho

Durante uma entrevista coletiva realizada nesta terça-feira, 4, às 10 horas, na sala de reuniões do gabinete do prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, foram apresentadas as próximas ações tomadas para dar prosseguimento ao Projeto Nova Feirinha. A coletiva teve a participação do defensor público Sandro Ferreira, do comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel João Márcio Costa Miranda, e de secretários municipais, que farão uma ação conjunta de instituições.
 

As atividades serão divididas em etapas para que possam dar continuidade às atividades comerciais lícitas desenvolvidas na Feirinha e visam amenizar os impactos sociais causados pela desocupação da região, bem como por fim à Ação Civil Pública impetrada pela Defensoria.
 

O prefeito Ronaldo Dimas explicou que o Município está dando prioridade para as pessoas que possuem comércio no local. “A ideia é de que esses comerciantes sejam os mais contemplados com o projeto, porque estamos dando a eles a oportunidade de temporariamente estarem no Galpão Verde, que já é um lugar melhor que eles ocupam hoje, e com a construção da Nova Feirinha, será feito o retorno deles para o novo espaço”, afirmou.
 

O defensor público Sandro Ferreira informou sobre o fim da Ação Civil Pública aberta por ele. “O objeto principal da ação já foi atendido pela Prefeitura que é o prazo para que as pessoas tenham ciência do qual valor será proposto pelo Município, possam contestar, e depois um outro prazo para desocupar o imóvel”, declarou.
 
 

Notificações


Dentre as primeiras medidas a serem tomadas está a notificação, até 7 de julho, de todos os ocupantes para a desocupação dos imóveis com as respectivas avaliações das indenizações, dando-lhes prazo de 10 dias corridos para eventuais contestações, tendo o Município o mesmo prazo de 10 dias corridos para decisão final.
 

Para aqueles que possuem posse do imóvel e querem dar continuidade à atividade comercial serão transferidos para o “Galpão Verde”, imóvel de propriedade do Município situado próximo à Feirinha. Os ocupantes não terão custo de locação e taxas municipais até a conclusão da construção da “Nova Feirinha”.  Os que têm comércio no local, mas não são detentores do imóvel, também terão o direito de se transferirem para o ponto temporário.
 

Também terão direito a indenização as pessoas que não possuem pontos comerciais, mas que ocupam algum espaço no local, sendo necessário a inserção em programas habitacionais e sociais. De acordo com o prefeito, a expectativa para concluir essa parte do processo é de finalizar em até 60 dias.
 
 

Indenizações

 

A total desocupação dos imóveis será feita somente após o pagamento das indenizações, para aqueles que optarem pelo acordo, ou os que preferirem ser transferidos para o espaço temporário. Será feito um Termo de Compromisso entre essas pessoas e a Secretaria do Desenvolvimento Econômico. A avaliação dos imóveis será feita pela Secretaria da Fazenda, por um perito avaliador.
 
 

Atendimento social e de qualificação

 

A Prefeitura também dará uma atenção psicossocial aos dependentes químicos que andam no local, através do CAPS-AD, que passará a funcionar ininterruptamente (24 horas) a partir de 20 de agosto, e também pelo Centro de Recuperação de Dependentes Químicos Municipal.
 

Outra ação será a qualificação profissional e empresarial aos que se instalarem no Galpão Verde, por meio da Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Habitação ou através de instituições parceiras.
 
 

Projeto Nova Feirinha

 

O prefeito ainda detalhou o projeto da Nova Feirinha. “Ele sai desde a Avenida João de Sousa Lima até o Galpão Verde; então toda aquela área faz parte do projeto de revitalização”, explicou.
 

“Nesse primeiro momento, o projeto envolve o primeiro quarteirão, mas a desocupação vai continuar nos quarteirões remanescentes. Já a parte que é chamada de Vila Chambari, ela terá uma Praça de Alimentação no segundo piso do novo prédio”, informou o prefeito.

 
Ainda segundo Dimas, o projeto da Nova Feirinha foi elaborado na época em que ainda era secretário das Cidades do Tocantins, tendo algumas modificações no período de 2013 a 2016, e agora está pronto para a sua execução. A Prefeitura já garantiu recursos federais de R$ 6 milhões para a realização da obra, com apoio da senadora Kátia Abreu, sendo R$ 1 milhão de contrapartida do Município.

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