Em discussão, Kátia Abreu sugere que Marta Suplicy deixe comissão e pede respeito

Marta Suplicy travou embate com Kátia Abreu durante votação sobre reforma trabalhista em comissão. “A senhora tenha um pouco mais de respeito. Se está incomodada, retire-se da Comissão”, disse Kátia

Kátia Abreu e Marta Suplicy travam discussão em comissão
Descrição: Kátia Abreu e Marta Suplicy travam discussão em comissão Crédito: Divulgação

Uma discussão entre a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) e a presidenta do colegiado, Marta Suplicy (PMDB-SP) esquentou a votação na Comissão de Assuntos Especiais (CAS) do Senado na tarde de ontem, 20. A comissão se preparava para votar o relatório de Ricardo Ferraço (PSDB-ES) sobre o projeto de reforma da legislação trabalhista quando Kátia disparou: "se a senhora está incomodada, retire-se da comissão e deixe outro em seu lugar. Trate as pessoas com respeito". "Estou tratando", respondeu Marta Suplicy.

 

Durante a reunião, a senadora Kátia Abreu criticou e se manifestou contrária ao projeto. “Da forma como está representa uma carta em branco a um governo que não existe mais, que está amordaçado, encurralado”, ressaltou a senadora.

 

Kátia Abreu endossou a crítica à questão do trabalho intermitente, que integra o projeto governista e, segundo ela, é objeto de ressalva da Organização Internacional do Trabalho (OIT). "Aqui há uma atividade muito cíclica de emprego e desemprego", disse Kátia, sugerindo que o Brasil, nesse caso, se desfilie da OIT.

 

A senadora também não poupou sua desaprovação a conduta da base governista, que anteriormente, na oposição, ajudou a derrubar a presidenta Dilma Rousseff com base no que ela chamou de "desculpa aleijada, manca", e questionou porque agora não se manifesta contra as acusações que envolvem o governo Temer. "Por que não fazem a mesma coisa agora? Por que não sobem à tribuna e fazem uso de sua verborragia?", afirmou, referindo-se aos governistas como "heróis da honestidade".

 

Para o líder do PMDB, Renan Calheiros (PMDB-AL), "este é um dia muito triste para o Senado Federal, especificamente para esta comissão, que sempre foi tida na Casa como uma das mais avançadas do ponto de vista da parte mais vulnerável na relação do trabalho". Ele afirmou sempre ser favorável a uma "atualização" das leis, mas observou, como Kátia Abreu, que o projeto foi mandado do Executivo para a Câmara com sete artigos e saiu de lá com 117. "Vamos ter, no curto e médio prazo, um desemprego alarmante no Brasil", disse Renan, para quem o país "está desmoronando".

 

O senador voltou a propor o adiamento do debate, como o próprio relator havia anunciado assim que surgiram as denúncias do empresário Joesley Batista, do grupo JBS, envolvendo Temer. "Este é um momento muito ruim do parlamento nacional, especialmente desta Comissão de Assuntos Sociais, que vai ficar marcada como, num momento dramático do país, votou contra e revogou direito do trabalhador."

 

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(Com informações de Brasil 247)

 

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