Atletas competem em 25 modalidades esportivas nos Jogos Mundiais Indígenas

Além das competições dos chamados jogos nativos de integração, os esportes tradicionais comuns para a maioria dos povos nacionais, os indígenas poderão apresentar as práticas particulares ao seu povo

Corrida de tora é uma das provas mais esperadas
Descrição: Corrida de tora é uma das provas mais esperadas Crédito: Divulgação/JMPI

Deixando de lado os pódios e os quadros de medalhas, os Jogos Indígenas surgem como um evento esportivo-cultural, apontando para o congraçamento das etnias. São 25 modalidades de esporte tradicionais e nativos de integração. Desse total, 15 modalidades são de esportes tradicionais indígenas. Os Jogos começam na próxima sexta-feira, 23, e seguem até o dia 1º de novembro, em Palmas.

 

Além das competições dos chamados jogos nativos de integração – os esportes tradicionais comuns para a maioria dos povos nacionais –, os indígenas poderão apresentar as práticas particulares ao seu povo, sem caráter competitivo. Etnias estrangeiras que desejarem mostrar os jogos tradicionais praticados em seus países também poderão se inscrever.

 

O jikunahati (futebol de cabeça), do povo Paresi; o Jawari (ritual que envolve lançamento de dardos para atingir os oponentes), apresentado pelos Kamayurá e Kuikuro; o Akô (prova de velocidade semelhante a um revezamento), trazido pelos povos Gavião Kyikatêjê e Parkatêjê; e o Peikrãn (jogo onde uma peteca feita de palha de milho é arremessada entre os jogadores), praticado pelos Kayapós, já estão na lista de jogos demonstrativos.

 

Mesmo contando com fase eliminatória e finais, os chamados esportes de integração (arremesso de lança, arco e flecha, cabo de força, canoagem, corrida de velocidade, corrida de fundo, corrida com tora e natação) têm um sistema de premiação próprio. Em vez de conferir aos três primeiros colocados medalhas de pesos e simbolismo distintos, os quatro melhores receberão o mesmo prêmio. Outra exigência é a utilização de equipamentos confeccionados de acordo com a tradição indígena, vedado o uso de materiais que mudem o ritmo na corrida de velocidade ou, por exemplo, óculos, e touca na natação.

 

Comitê de Acolhida às Delegações

Para recepcionar os atletas indígenas do Brasil e do exterior que começam a chegar a Palmas, a partir do próximo dia 18, a Cidade de Palmas instituiu o Comitê de Acolhida às Delegações, que conta com o apoio de lideranças do povo Xerente, anfitrião dos JMPI.

 

“Toda a equipe do município está engajada para recebermos os povos indígenas com muita dedicação. Estamos confiantes que os jogos entrarão para a história da nossa Capital”

 

“A cidade sede receberá representantes de culturas ancestrais de todo o mundo e o Comitê terá um papel fundamental para que sejam recebidos da melhor maneira possível. Queremos que todos se sintam acolhidos na nossa jovem cidade, para celebramos este momento histórico”, acrescentou o secretário extraordinário dos Jogos Indígenas (Seji), Hector Franco.

 

O Comitê de Acolhida é presidido pelo secretário executivo dos Jogos Indígenas, Kairo Bernardo; integram também o Comitê: o secretário municipal de Governo e Relações Institucionais, Adir Gentil; o procurador geral do Município, Públio Borges; o secretário municipal de Integração Social e Defesa do Consumidor, Tiago Andrino; o secretário de Educação, Danilo de Melo Souza; o superintendente de Igualdade Racial, Nélio Amaral e as lideranças indígenas, Srewe e Eliete Xerente. 

 

(Com informações da Secom Palmas e Ministério dos Esportes)

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