Encerrando a disputada competição de futebol masculino dos I Jogos Mundiais Indígenas, uma partida à altura da final de um mundial: Brasil, representado pelos Xerente, enfrentando Bolívia. O público palmense lotou as arquibancadas do estádio Nilton Santos para prestigiar a etnia tocantinense. Quando o árbitro apitou o fim da partida, o título teve que ser decidido nos pênaltis.
Os Xerente saíram na frente com gol do camisa 11, Moisés. Logo em seguida a Bolívia descontou com o camisa 9, José Almanza. A Bolívia virou aos 13 do segundo tempo e os Xerente voltaram a deixar tudo igual com Rairan: 2 a 2 no tempo regulamentar.
Na disputa dos pênaltis os Xerente venceram por 3 a 2 depois de muita emoção com direito a cobranças desperdiçadas e defesas espetaculares. Para Samuel, o técnico interino Xerente que substituiu o treinador Dorabel, afastado por problemas de saúde, o título consolida o trabalho realizado.
“Com todo o respeito ao adversário nós nos preparamos muito para esse jogo e esperávamos mais tranquilidade. Apesar do sufoco conseguimos chegar ao título e mostrar a força do futebol Xerente. Esperamos que esse título traga atenção à nossa aldeia e mais reconhecimento do poder público”, avaliou o treinador.
No torneio masculino de futebol foram realizadas 46 partidas até a final com a participação de 32 equipes do Brasil e outros sete países.
Canadá é campeão do futebol feminino
Sob os olhares atentos de cerca de nove mil pessoas no estádio Nilton Santos, o torneio de futebol feminino dos Jogos Mundiais Indígenas chegou ao final na noite desta sexta, 30, e consagrou a equipe canadense como campeã. A conquista veio depois de um jogo muito disputado, decidido nos pênaltis. O Canadá confirmou o favoritismo apesar do difícil duelo contra as tocantinenses da etnia Xerente. A etapa regulamentar terminou em 0 a 0.
As atletas Xerente foram embaladas pela torcida, que vibrava a cada toque de bola e celebrou durante todo o jogo. Diante do lamento das atletas, o treinado Ricardo Xerente foi o responsável por acalmá-las. “Eu disse que futebol é assim mesmo. Elas tem que entender que fizeram um bom jogo, mas alguém tem que ganhar. O futebol Xerente sai fortalecido desta competição”, pontuou.
Aos 17 anos, Danielle Dawson foi a sensação da equipe canadense. A camisa 10 calçou as luvas e mostrou seus talentos como goleira também.
“Estou muito feliz com a conquista. Espero continuar jogando futebol que é meu objetivo e se tudo der certo estar na seleção quando jogarmos em casa nos próximos jogos”, pontuou a atleta lembrando que a próxima edição dos Jogos Mundiais Indígenas será realizada no Canadá.
O torneio feminino de futebol dos Jogos Mundiais Indígenas contou com a participação de 28 equipes e 42 jogos foram disputados até o final.
(Com informações da Ascom/Fundesportes)
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