O Naturatins – Instituto Natureza do Tocantins apóia projetos de pesquisas que ajudam no manejo das Unidades de Conservação. O biólogo João Pedro Neves vai iniciar o mapeamento o projeto de pesquisa de doutorado, sobre a Influência da Intensidade da Perturbação das Pastagens na Dispersão das Sementes no PEL – Parque Estadual do Lajeado. O projeto vai percorrer também a APA- Área de Preservação Ambiental do Lajeado e Lago de Palmas, PEC – Parque Estadual do Cantão, Ilha do Bananal. A escolha para realizar o projeto no Estado do Tocantins dentro das UC’s- Unidades de Conservação é devido a parceria entre o órgão ambiental e a Universidade de Aveiro, Portugal.
Segundo o biólogo João Neves, a pesquisa tem como objetivo principal verificar o manejo das pastagens e a sua influência na capacidade de regeneração do cerrado quando essas pastagens são abandonadas. O trabalho consistirá em acompanhar a regeneração do cerrado e analisar qual o papel das aves neste processo. “Quando se desmata o cerrado, o solo/pasto vai perdendo as sementes e as raízes que ainda podem dar brotos se tornando difícil voltar ao cerrado nativo”, explicou.
Durante as etapas do projeto a pesquisa vai avaliar as fases da vegetação e capturar as aves para o anilhamento (Anéis com informações relacionados com a migração), além e colher as sementes nas fezes das aves. “Consideramos a importância das aves para regeneração do cerrado, pelo fato delas transportarem as sementes, desde os remanescentes de cerrado para as pastagens abandonadas”, esclareceu Neves.
Os resultados serão publicados em listas científicas e apresentados em congressos que de acordo com o pesquisador vai ajudar a divulgar o patrimônio biológico do Tocantins. Conforme o projeto, a proposta é conseguir provar que há manejos menos prejudiciais para a recuperação do cerrado. Essa informação será útil para o órgão, que tem que licenciar novos projetos de pastagens.
A pesquisa segue até 2015, e o pesquisador vai trabalhar no projeto nos períodos chuvosos, na captura de aves e nos períodos secos na contagem e avaliação da vegetação.
Para a diretora de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Naturatins, Nilza Verônica do Amaral as pesquisas são importantes para órgão, e no caso desta, vai ajudar o órgão ambiental, na tomada de decisões das ações e gestão das unidades de conservação.
(Da assessoria Naturatins- Fábio Souza)
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