O Ministério da Integração Nacional aprovou, na última quinta-feira, 20, durante reunião do secretário nacional de Irrigação, Guilherme Orair, com técnicos da Seagro – Secretaria Estadual da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, em Brasília (DF), a proposta de revitalização do Projeto de Irrigação Rio Formoso. O projeto abrange uma área irrigável de cerca de 28 mil hectares, situado na região Sudoeste do Estado. Para as obras, que devem ser iniciadas até o mês de julho do próximo ano, o Ministério já disponibilizou R$ 110 milhões. Os recursos são do Governo Federal com contrapartida do Governo do Estado. O projeto de irrigação é um dos maiores do País e está inserido no programa “Mais Irrigação”, lançado pela presidente Dilma Rousseff, em novembro passado.
A partir da aprovação da proposta, o próximo passo será finalizar os projetos técnicos e executivos, até o próximo mês de fevereiro, para que então seja aberta licitação para contratação da empresa que realizará as obras, conforme explicou o diretor de Irrigação e Drenagem da Seagro, Diego Fernandes Cavalcante.
A revitalização do Rio Formoso, que será dividida em três etapas, abrange a recuperação dos diques e das tomadas de água das barragens Calumbi I e II e Taboca; recuperação da infraestrutura dos canais de adução e os coletores de drenagem; estações de bombeamento de drenagem; além da estrada de acesso ao longo de todas as adutoras e coletores gerais. Nesta primeira parte da revitalização serão promovidas melhorias na rede adutora, para que a água chegue até a terceira etapa do projeto, o que permitirá ampliar a área irrigável de 20 mil para 28 mil hectares; revitalização da Barragem Taboca e recuperação do Projeto Jaburu e adequação de parte da área de pesquisa da Unitins junto ao Projeto Rio Formoso. Essas obras devem ser finalizadas no prazo de um ano.
Projeto
O Rio Formoso é o projeto mais antigo do Estado. Foi construído em 1979, quando o Tocantins ainda era Norte de Goiás. O projeto utiliza sistemas de irrigação do tipo inundação para cultivo de arroz irrigado no período chuvoso, e subirrigação para soja (produção de semente), milho, feijão e melancia no período seco. Depois de tantos anos de implantação, a infraestrutura do projeto se deteriorou e agora precisa passar por obras de revitalização para garantir seu pleno funcionamento.
A partir da revitalização, a expectativa da Seagro é de que os produtores consigam colher até cinco safras em dois anos, sendo arroz irrigado no período chuvoso e soja (produção de semente), milho, feijão e melancia no período seco. (Assessoria)
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