O Projeto Jeito de Mulher, que tem o objetivo que qualificar mulheres em profissões geralmente dominadas por homens continua mudando a vida de participantes. É o caso de Márcia Quintino Elias, 21 anos, que resolveu tentar oportunidades em outra área e está fazendo o curso de Mecânica de Manutenção de Motocicletas, em Palmas. As aulas do Projeto retornaram esta semana em quatro cidades.
“O preconceito só pode ser quebrado quando mais mulheres perceberem que são capazes de fazer o que quiserem independentemente do que for. Não são só os homens que têm poder de fazer esse curso. Também temos. Nós somos capazes igual a eles. O que quero é conquistar o mercado de trabalho”, afirmou Márcia.
O mecânico de Motocicletas e instrutor do curso, José Antônio Wolfe, já percebeu nas alunas características que podem fazer a diferença durante o trabalho na oficina. “Geralmente, as mulheres são mais cuidadosas com as ferramentas e com o manuseio das peças, e o cliente repara nisso”, destacou. Ele comentou ainda que as alunas são muito dedicadas ao curso. “Aqui na oficina elas estão aprendendo a montar e desmontar uma moto”, completou.
Outra interessada nesta área dominada por homens é Kinara Monteiro Oliveira, 40 anos, mãe de cinco filhos. Ela contou que estava procurando emprego quando ficou sabendo dos cursos do Projeto, então, decidiu se inscrever. “É um ramo diferente. É preciso ter coragem, dedicação e superar a expectativa das pessoas sobre o que somos capazes. Não existe mais função exclusiva para homens ou para mulheres. A mulher moderna sabe que pode chegar onde ela quiser, basta acreditar”, concluiu.
Outras cidades
As aulas tiveram início no final de 2016 na capital e nas cidades de Araguaína, Araguatins e Dianópolis. Após o recesso de final de ano, as aulas dos cursos de Mecânica de Manutenção de Motocicletas, Eletricista de Instalações Comerciais e Residenciais, Pedreiro e Produção de Derivados de Leite já deram início nas aulas práticas.
Jeito de Mulher
O objetivo do projeto é qualificar mulheres em profissões como: eletricista, torneiro mecânico, pedreiro e instalador predial. "Queremos que a mão de obra feminina seja reconhecida e romper com velhos preconceitos, como a de que trabalho feminino tem que ser leve”, disse a secretária da Secretaria do Trabalho e Assistência Social (Setas), Patrícia do Amaral.
Além das aulas, as alunas recebem kit com material didático, vale transporte, lanche e equipamentos de proteção individual necessário para as aulas práticas.
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