Durante todos os dias dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI), o Sebrae Tocantins esteve presente incentivando os pequenos negócios com a Feira Mundial de Artesanato Indígena. Foram oito dias de evento em que 166.980 visitantes puderam conhecer de perto peças artesanais das diferentes culturas indígenas do Brasil e do mundo. A estimativa é que cerca de R$ 1 milhão tenham sido movimentados em vendas de artesanato durante os JMPI.
“A Feira Mundial de Artesanato Indígena foi muito importante porque nós conseguimos mostrar os nossos produtos, nossos artesanatos, que foram comercializados para vários clientes de diversos países. Estamos muito felizes com essa oportunidade oferecida pelo Sebrae”, comemorou o artesão de Tocantínia, Srewê Xerente.
Para Merong Tapurumã, artesão da etnia Pataxó Hã Hã Hãe Kamakã, da Bahia, a feira foi uma ótima experiência, que resultou em muitas vendas e na troca de vivências com outros artesãos. “Já tenho alguns anos de carreira como artesão e de viagem e essa foi uma das melhores feiras para mim. Estou voltando para casa muito feliz com o trabalho que realizamos aqui”, comentou Tapurumã.
O artesanato internacional fez sucesso no na Feira e segundo o artesão chileno Juan Antonio, da etnia Mapuche, o evento não foi apenas um ambiente para fazer negócios, mas uma oportunidade para os povos de outras culturas compartilharem conhecimentos e saberes de suas nações originárias. “Quando compartilhamos o artesanato de outros lugares, também se fortalecem as relações e se formam outra espécie de relacionamento, de conhecimento. Nós estamos aqui para apoiar e fortalecer essa multiculturalidade e proporcionar essas experiências”, avaliou o artesão.
O articulador internacional do Comitê Intertribal, Marcos Terena, elogiou o trabalho do Sebrae em mesclar a modernidade com a arquitetura e a cultura indígena, bem como as oportunidades de negócios que foram oferecidas aos povos participantes. “A feira gerou nas pessoas e nos povos a visão de que a arte indígena, o artesanato indígena, não é apenas folclore, mas um produto viável para a geração de renda das comunidades”, comentou Terena.
As vendas no espaço da Feira Mundial de Artesanato resultaram em R$ 656.195,00 reais. “A participação do artesanato indígena nos JMPI foi expressiva, não tenho dúvidas que a comercialização das peças, considerando tanto as vendas dentro do espaço do Sebrae, quanto as comercializadas no espaço externo, ao lado da feira, tenha alcançado o volume de mais de R$ 1 milhão”, ressaltou o superintendente do Sebrae Tocantins, Omar Antonio Hennemann. Para ele, o Sebrae cumpriu com excelência o seu papel que é de incentivar os pequenos negócios, que no caso foram os pequenos negócios indígenas. “O Sebrae busca criar um ambiente favorável para o desenvolvimento dos pequenos negócios. Seja em áreas urbanas, na zona rural ou até mesmo em terras indígenas”, concluiu.
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