A jornalista Thaise Marques, que mora em Palmas, tinha o sonho de montar o próprio negócio, voltado para o público infantil. Após estudar várias ideias, ela conta que, por acaso, ao ver uma máquina de costura em promoção na internet decidiu arriscar. Este foi o pontapé inicial para que o seu sonho ganhasse forma. "Eu ainda não sabia nada de costura, nunca tinha costurado. Mas resolvi comprar a máquina", conta Thaise.
Sem conhecimento no segmento, Thaise conta que resolveu estudar o universo da costura. Seu objetivo inicial era investir em acessórios e moda infantil. “Eu acabei vendo na internet um curso de bonecas e me interessei. Percebi que eu tinha que ir atrás de conhecimento se eu quisesse realmente trabalhar com isso. Foi quando eu comprei várias revistas de bonecas e comecei a tentar montar”, relatou.
Thaise afirma que no início não foi fácil e que chegou a ter prejuízos. “Eu quase entrei em desespero, porque eu não entendia nada de tecido. Eu não entendia nada de costura. Não sabia interpretar moldes, não sabia como montar e essa parte foi horrível porque eu desperdicei muito tecido, muito matérial de início”.
Divulgação
Ainda no início da produção, Thaise investiu na divulgação de seus produtos nas redes sociais e criou uma página no Facebook - a Leka Ateliê, onde posta suas criações. “Eu comecei divulgando no face para mostrar que eu estava fazendo bonecas. Daí começaram a aparecer as encomendas”, conta a jornalista.
Conforme as encomendas foram aumentando, Thaise disse que viu a necessidade de ampliar o negócio e montou uma sociedade com a artesã Cleia Maues (foto). “Eu comecei receber encomendas de vários lugares do país, como Minas Gerais, São Paulo e vi a necessidade de aumentar a oferta de produtos e ainda de alguém para me ajudar a dar conta das encomendas”.
A jornalista ainda conciliava o novo negócio com a sua profissão de formação quando surgiu a oportunidade de vender as bonecas em uma das maiores feiras de artesanato da Capital, a Feira do Bosque. “Com a sociedade a gente consegue produzir mais e atender melhor o público”, diz Thaise que tem muitos planos para ampliar o negócio.
O próximo passo, segundo Thaise, será formalizar o negócio para obter mais benefícios. “Futuramente queremos formalizar a empresa, tudo direitinho, porque temos muitos planos”, conta a jornalista que pretende montar uma loja virtual para vender os produtos.
Personalizados
O aumento da demanda fez ainda com que as artesãs investissem na personalização conforme o gosto do cliente. Hoje elas fazem tanto as bonecas, que são o carro-chefe da empresa, quanto diversos outros produtos como personagens famosos, decorativos, colecionáveis entre outras opções.
Para quem pretende investir neste segmento, Thaise diz que é preciso buscar conhecimento e usar a criatividade. “Trabalhar com tecido exige conhecimento além das próprias bonecas, pois tem ainda os acessórios que vão junto com ela, como a roupinha, acessórios do cabelo”, ressalta.
O desafio hoje, de acordo com Thaise, é agradar tanto as crianças, seu público alvo, quanto os pais, que estão cada vez mais criteriosos. “Eu tenho recebido pedidos de roupinhas iguais para a boneca e a criança, kits completos combinando, então tem que usar bastante a criatividade”, conclui.
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