Cada vez mais mulheres estão procurando cursos que antes eram restritos aos homens, e se qualificando nas áreas industrial e comercial para garantir destaque dentro das empresas que vem ganhando crescente participação do público feminino.
Diferente do curso tradicional como de Costura Industrial, duas mulheres chamam atenção de curiosos por serem alunas do curso técnico em Mecânico Industrial do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) Araguaína, mostram que não é preciso deixar a delicadeza e a vaidade de lado para exercer funções consideradas pesadas por muitos alunos.
As alunas Renata da Silva e Irene Resplandes, formadas em técnico de enfermagem, trabalham em um Hospital e resolveram fazer algo novo, logo encontraram a oportunidade no Senai Araguaína. No curso elas lidam diariamente com grandes máquinas CNC para realização de todo o controle do processo de usinagem convencional, transformação de metais em peças para utilização em conjuntos mecânicos, além de outras atividades que são desenvolvidas em grandes indústrias.
Para Renata da Silva, seu maior desafio não é mexer com os Tornos, mas sim quebrar a barreira do preconceito. “Achei o curso diferente e desafiador, meus colegas não acreditaram no meu potencial, demorou um pouco para que eles botassem fé na minha perseverança, vi muitos desistirem e eu continuo aqui me capacitando, vou mostrar pra eles que uma mulher pode muito bem trabalhar numa tornearia e ser exemplo profissional”, ressaltou a aluna.
De acordo com Irene Resplandes, acabou a época em que a mulher exercia apenas a função de dona de casa. “Podemos sim trabalhar em funções que são exercidas por homens, me identifiquei com a área e pretendo fazer mais cursos no Senai como Mecânico de Automóvel, penso em montar até uma oficina. Essa instituição trouxe a qualificação que eu precisava”.
Segundo o responsável técnico pela área de metal mecânica do Senai Araguaína, Romualdo Fonseca, na região norte do Estado é notável o grande avanço da mulher no mercado de trabalho, elas estão cada vez mais presentes em cursos como os de mecânico de automóveis e pedreiro.
“Olhei o tamanho da máquina e imaginei que não iria conseguir, mas minha vontade foi maior que qualquer coisa”, afirmou a aluna, Renata da Silva.
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