Resultados do Projeto Estruturante Pirarucu da Amazônia mostram o potencial

Projeto, comandado pelo Sebrae e Embrapa, que fomenta a criação em cativeiro do animal tem programação em Palmas nos dias 25 e 26 de novembro

Pirarucu é uma espécie pré-histórica
Descrição: Pirarucu é uma espécie pré-histórica Crédito: Foto: Divulgação

Desde 2007, um projeto comandado pelo Sebrae e a Embrapa Pesca e Aquicultura nos estados da região Norte vem dando oportunidade a cerca de 2 mil pequenos piscicultores ainda ajudando a preservar o pirarucu. A espécie pré-histórica, que sofre com a pesca predatória e já entrou para a lista dos animais em extinção, hoje pode ser criada em cativeiro e chega ao mercado com valor agregado e a garantia de não ter sido retirada da natureza.

 

Os resultados do Projeto Estruturante Pirarucu da Amazônia, assim como as técnicas de reprodução, alimentação, manejo, oportunidades de mercado e relatos de experiências de sucesso serão abordados na terceira edição do Workshop Pirarucu da Amazônia, que será realizado nos dias 25 e 26 de novembro, em Palmas, no auditório do Sebrae, com a presença de especialistas, técnicos,  produtores  e interessados em aprender. 

 

O potencial gastronômico da carne do animal, alimentado de forma balanceada e despescado com um ano de idade e cerca de 15 quilos, também terá espaço em uma mostra gastronômica na qual um chef de cozinha de cada estado amazônico fará um prato com o produto. Ceviche, quiche e até hambúrguer são algumas das receitas do jantar preparado pelos chefs, Jaire de Oliveira (AC), Milton Neto (AM), Maria Perpétuo do Socorro (AP), Expedito Melo (TO), Fernando  Noble (RO) Artur Bestene (PA) e Dona Kalu (RR), com a curadoria do chef Vico Crocco (RS).

 

“Nossa intenção é difundir a produção entre os pequenos aquicultores, levar o pirarucu até o consumidor e aumentar a média de consumo de pescados no país, que hoje é perto dos 12 quilos e ainda está abaixo da recomendação da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), de 18,8 quilos por habitante ao ano”, afirma a coordenadora de Aquicultura e Pesca do Sebrae Nacional, Newman Costa.

 

Histórico

No Brasil, a pesca do pirarucu é permitida em alguns meses do ano e apenas em áreas de manejo controlado pelo Ibama. A partir do Projeto Estruturante Pirarucu da Amazônia, o Sebrae  em parceria  com a Embrapa vem concretizando estudos e pesquisa  que irão contribuir para a geração  de conhecimentos, que vai viabilizar o cultivo dessa espécie em cativeiro. Além de atuar também no levantamento de dados sobre o mercado e licenciamento  ambiental, também vem sendo  realizando mostras gastronômicas para valorizar está espécie na alta gastronomia  brasileira.

 

Para garantir esse alto padrão de qualidade, durante o processo de produção, os peixes recebem um microchip, que possibilita o registro da identidade genética e o rastreamento, certificando a sua origem e dando a certeza ao comprador de que o animal não foi capturado de forma irregular.

 

 

Comentários (0)