A Assistência Técnica e Gerencial marca o novo caminho que o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) segue depois de quase 24 anos levando formação profissional e promoção social aos campos do Brasil. “O Senar será outro com a assistência técnica, partimos do atendimento às pessoas para trabalhar com as propriedades. Vamos continuar aperfeiçoando e aumentando os níveis de formação profissional inicial, técnica e superior, e complementar com assistência técnica”, anunciou o Secretário Executivo da entidade, Daniel Carrara, em Encontro Nacional dos Superintendentes Regionais, na Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande (MS), nesta quarta-feira, 2. A superintendente do Senar Tocantins, Rayley Luzza, participa do encontro, bem como da Bienal dos Negócios da Agricultura do Brasil Central, que aconteceu nos dias 31 de agosto e 1º de setembro.
Segundo Daniel Carrara, o Senar chega para atender, principalmente, o pequeno produtor rural, que ficou desassistido desde a extinção da Embrater na década de 90. Hoje o técnico que atende as propriedades é, em grande parte do País, aquele que vende os insumos. “A ideia é que a gente tenha uma equipe de técnicos que jogue no nosso time, um time fortalecido. Somos a única instituição que pode fazer, ao mesmo tempo, a assistência técnica e ofertar os cursos que o produtor e seus trabalhadores devem fazer para melhorar os resultados da propriedade”.
No encontro de apresentação da estratégia de adesão das Administrações Regionais do Senar à metodologia de Assistência Técnica e Gerencial, os Superintendentes conheceram o documento norteador de execução. “A nossa “bíblia” de ATG traz informações sobre o modelo de assistência técnica com meritocracia do Senar, orientações sobre a adesão do produtor rural, a formação dos grupos de proprietários, como acontece a assistência na propriedade e a estrutura da nossa metodologia. O Estado que aderir terá que seguir esse modelo”, explica o coordenador de Assistência Técnica e Gerencial, Matheus Ferreira.
O conceito da ATG é o atendimento voltado à transferência de tecnologia com foco na gestão da propriedade com meritocracia. O técnico de campo vai receber de acordo com o resultado do trabalho dele na propriedade. “O resultado técnico passa a ser o meio, o fim é o produtor. O nosso foco é o resultado econômico da propriedade. É outra visão da assistência técnica” explica Matheus.
O Senar treinou instrutores que já capacitaram técnicos de campo em 25 Estados, 18 já desenvolvem o modelo, atendendo em torno de 15 mil produtores rurais. E a entidade credenciou outros instrutores que também estão capacitando profissionais que irão atuar nas propriedades.
O Tocantins no caminho certo
A superintendente Rayley Luzza explica que o Senar Tocantins já trabalha com assistência técnica desde o ano de 2013. “Cerca de cinco mil produtores rurais tocantinenses são atendidos através dos programas Travessia Bico/Mapito; Travessia Leite; Travessia Seca/Sudeste Empreendedor e Travessia Palmas, em diversas atividades produtivas. Acreditamos que esse é o caminho para a transformação de nossas propriedades rurais em verdadeiras empresas do campo”.
Um fórum permanente
No encontro nacional dos Superintendentes Regionais também foi lançado o Fórum Permanente de Assistência Técnica e Gerencial que já nasce com dois integrantes – o Senar Bahia e o Senar Mato Grosso do Sul. Todas as Administrações Regionais foram convidadas a participar. O fórum será itinerante e a primeira reunião deve acontecer na Bahia.
“A ideia é consolidar o fórum com as regionais do Senar e depois convidar o Ministério da Agricultura e entidades como a Embrapa e o Sebrae para que o Brasil tenha um grande fórum de assistência técnica privada para debate permanente, troca de experiências e deliberações” informa o Secretário Executivo do Senar.
Daniel Carrara encerrou o encontro com um convite aos Superintendentes: “precisamos contar com a participação de todos. Só assim, será possível avançar com a nossa Assistência Técnica e Gerencial”.
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