Com pauta trancada por duas medidas provisórias que tramitam na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, e que impede que outras matérias sejam deliberadas no plenário, os vereadores de Palmas tiveram intenso embate na sessão desta quarta-feira, 6, iniciado quando Lúcio Campelo (PR) e Milton Neris (PP) comentaram sobre a falta de resposta do Executivo Municipal quanto aos pedidos de cópias de contratos da prefeitura com a empresa que presta serviços de tapa buracos, e ainda, a aquisição de painéis eletrônicos.
O vereador Milton Neris, que recentemente migrou para a oposição, disse que quer analisar os contratos para apurar se há irregularidades e exigiu a documentação por ter direito constitucional. “Eu sou representante do povo e quero exercer o meu direito, se a prefeitura não me entregar como deve vou ao Ministério Público para fazer valer o meu direito. Exijo transparência”, disse Neris.
O presidente da Casa, Rogério de Freitas (PMDB), que também faz oposição à gestão da Capital, explicou que apurou o contrato e a forma como a empresa vem prestando os serviços de tapa buracos nas ruas de Palmas. “A prefeitura fez um aditivo de R$ 7 milhões com essa empresa, que deveria entregar o material na secretaria, mas o que vemos é o contrário, os caminhões lotados pela própria prefeitura estão indo buscar na empresa o material. Além disso, eu pesquisei e descobri que para colocar o material quente teria que ter pelo menos seis máquinas específicas, mas não existem essas máquinas em Palmas”, explicou o parlamentar.
Defendendo a aplicação do asfalto e a prestação de serviços por parte da empresa, os vereadores Folha Filho (PSD) e Major Negreiros (PSB), que compõe a base de Amastha, afirmaram que em toda a cidade as obras de tapa-buracos estão sendo realizadas, “por isso que foi feito o aditivo, mas não tem nada de errado. O asfalto está dentro dos padrões e a máquina é uma das melhores do país”, disse Negreiros.
Major Negreiros ainda aproveitou para apresentar na Câmara o pedido para realização de uma audiência pública que deverá discutir a situação da segurança pública na Capital. “Quero que a gente convide o comandante geral da Polícia Militar, o Ministério Público e todos os órgãos ligados a segurança. Do jeito que está não pode continuar, precisamos fazer alguma coisa para melhorar a segurança na nossa cidade”, disse Negreiros. A audiência não pôde ser votada devido ao trancamento das pautas.
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