Ação que pede cassação de Siqueira deve ser julgada nesta quarta

Na ação foi alegado que o governador Siqueira Campos, praticou uso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação.

Siqueira é acusado de abuso de poder
Descrição: Siqueira é acusado de abuso de poder Crédito: Lourenço Bonifácio

A ação de investigação contra o governador Siqueira Campos (PSDB), interposta pelo ex-governador Carlos Gaguim (PMDB), está na pauta do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) desta quarta-feira, 28.  De acordo com os advogados do processo Sérgio Rodrigo do Vale e Solano Donato, na ação foi alegado que o governador praticou abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação.

 

Ainda segundo os advogados, no fim da campanha de 2010 quando Gaguim e Siqueira disputaram as eleições para governador, o ex-governador foi envolvido em um escândalo no qual era acusado de ser integrante de organização criminosa e que cometia fraudes em licitações. De acordo com os advogados, o governador Siqueira Campos teria se beneficiado com as informações e teria repetido o ocorrido em diversos programas eleitorais.

 

“O fato é que o atual governador massificou a veiculação na época em seus programas eleitoras para beneficiar sua candidatura, da mesma forma que a TV Anhanguera repetiu em todos seus telejornais os fatos”, explicou Sérgio.

 

Cassação

No mesmo processo, foi pedido a cassação do registro de candidatura e caso fosse eleito a cassação do diploma de governador de Siqueira, segundo explicou Solano ao Portal T1 Notícias. “Na ação foi pedido também que o registro de candidatura dele fosse cassado e caso eleito que perdesse o diploma”, informou.

 

Autor do roubo

Segundo Sérgio, a investigação originou-se do roubo da CPU de um computador no Ministério Público em São Paulo no qual estava gravado todas as informações publicadas pela imprensa e reproduzida por Siqueira, mas não foi identificado o autor do crime.

 

“A investigação foi fruto do roubo de um computador do Ministério em São Paulo e não conseguimos identificar o autor do crime. Assim não foi possível saber a autoria dessas divulgações e qual a ligação com a política tocantinense”, explicou Sérgio.

 

 Arquivamento do processo

O advogado lembrou também, que o processo contra Gaguim que o identificava como integrante de organização criminosa para fraudes em licitações foi arquivado.

 

 “É possível perceber que havia algum interesse na divulgação desse escândalo. Tudo em relação a esse processo foi arquivado e não tem mais nada nesse sentido tramitando contra o Gaguim”, informou.

 

Decisão do TRE

Sérgio afirmou que diante dos fatos o Tribunal pode considerar que o atual governador se beneficiou com o acontecimento, causando desequilíbrio na disputa, mas acredita que o TRE vai julgar a ação improcedente por não ter identificado o autor do crime.

 

“É possível que o Tribunal julgue improcedente, pois não foi identificado o autor do crime”, informou.

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