O advogado do prefeito de Palmas, Carlos Amastha, que atuou no jurídico da campanha em 2012, contestou ao T1 Notícias que a coligação tenha utilizado requisições de abastecimento como instrumento de troca por votos.
“O Ministério Público está trabalhando com suposição. Não existem provas de captação ilícita de sufrágio nos autos, tanto é que a ação já foi julgada totalmente improcedente. A promotora fala em indícios enquanto que a jurisprudência dos tribunais é clara: para constatar compra de voto a prova deve ser robusta”, disse ele sobre o parecer da PRE.
Segundo Manzano o uso de 2960 requisições – apreendidas pela PF no Posto Trevo – ocorreu durante mais de 60 dias de campanha, o que dividido pelos 120 veículos contratados pelo comitê, “está dentro da razoabilidade”.
“Algumas requisições apenas não tinham identificação. Haviam duas pessoas para controlar abastecimento e às vezes no tumulto e na correria foram liberadas requisições que o próprio motorista deveria preencher a identificação”, justifica.
Sem testemunhas
Outro dado apontado pelo advogado, é que a PF recebeu a denúncia anônima de que haveria abuso em abastecimento com requisições e só encontrou uma pessoa no posto para abastecer no momento da apreensão. “O próprio policial federal diz isso nos autos, que perguntada, a testemunha disse que trabalhava para o candidato Carlos Amastha, mas não há identificação desta pessoa nos autos”, diz ele.
“Eles estão forçando uma situação ao falar em compra de voto. Isso não existiu. O papel do Ministério Público não é este”, finalizou.
(Atualizada com correções às 10h06)
Comentários (0)