Após 28 minutos de tensa discussão na CAE – Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o requerimento do senador Gim Argello do PTB, teve apreciação postergada para a próxima sessão ordinária, na terça-feira, 10. O pedido para que a votação fosse transferida foi do senador José Agripino, do Democratas, no que a senadora Kátia Abreu chamou de manobra para protelar para o próximo ano a discussão da Operação Miquéias e das aplicações em fundos podres que atingem cinco estados da federação.
“Quero deixar aqui registrado para os servidores do Tocantins que o que está acontecendo aqui é graças à Deputada Professora Dorinha e ao secretário Eduardo Siqueira Campos, que movimentaram os seus para protelar esta discussão”, acusou a senadora.
O senador Agripino utilizou-se de um ato da própria CAE que estabelece que requerimentos devem ser lidos numa sessão e votados na sessão seguinte. A discussão tornou-se polêmica por que para aprovar empréstimos, entre eles um recente para o Rio de Janeiro, a CAE tem flexibilizado a norma.
Agripino e Kátia discutem na segunda parte da reunião
Fora dos microfones, o senador do Democratas dirigiu-se à senadora Kátia Abreu no início da segunda parte da reunião e disse: “Não me provoque, você não me conhece”. A frase provocou reação imediata da senadora do Tocantins, que voltou a pedir a palavra.
“Senhor presidente, eu acabo de ser ameaçada pelo senador Agripino. O que ele me disse agora eu recebo como uma ameaça, uma chantagem e isso eu não admito”, disse Kátia. “Eu quero que ele se explique: o que significa esta sua fala senador?”
Agripino voltou ao microfone para dizer que não aceitou a relação que a senadora fez entre ele e a professora Dorinha. “Ela deu a entender que eu estou à serviço de uma causa que não é correta”, protestou. O senador disse ainda não estar à serviço de ninguém.
Kátia voltou à carga: “o senhor enquanto exigiu o cumprimento de questões regimentais estava no seu direito, agora me impedir de falar o que eu penso aqui nesta comissão o senhor não pode. Ameaçar uma senadora da República ou quem quer que seja o senhor não tem esse direito.
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