Ainda indefinido apoio à majoritária, PCdoB defende união entre Márlon e Amastha

Para o presidente regional do partido, Nésio Fernandes, alianças devem ser amplas para garantir expansão da campanha dos “novos políticos”

Nésio do PCdoB apoiou Amastha nas eleições suplementares
Descrição: Nésio do PCdoB apoiou Amastha nas eleições suplementares Crédito: Divulgação

Em entrevista exclusiva ao T1 Notícias no final da tarde desta quinta-feira, 26, o presidente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e pré-candidato a deputado estadual, Nésio Fernandes, afirmou que reconhece as alianças firmadas na chapa majoritária que tem Carlos Amastha como pré-candidato a governo do Tocantins, mas não foi claro no que se refere ao apoio e participação desta campanha.

 

“O partido é aliado a Amastha desde 2012, já com na ideia de ele ser candidato no Tocantins. Somos os únicos que estiveram com ele desde o inicio. Nem o primeiro partido dele continuou essa parceria”, disse Nésio, salientando que o apoio do PCdoB ao ex-prefeito de Palmas já tem um histórico forte.

 

Nésio destaca também a presença do PCdoB durante a campanha de Carlos Amastha na Eleição Suplementar, e como essa experiência deu um balde de água fria em todos da oposição. “As relações que se dão no interior ainda são muito dogmáticas e ideológicas. É difícil uma nova política se consolidar a ponto de debates”, disse.

 

Setor produtivo

 

Junta-se a este fator, a necessidade de se ter um representante do setor produtivo, da classe empresarial que gera empregos, a majoritária de Amastha convidou Oswaldo Stival Júnior para ser pré-candidato a vice, segundo apontamentos de Nésio, que continua: “Para capilarizar a candidatura, é necessário fazer alianças amplas e estamos nesse processo de ampliar essa aliança, além da aliança com o setor empresarial. Com Carlos Amastha conseguimos o Stivel que, para além do PSDB, representa essa classe e pode permitir uma capilaridade da candidatura do Amastha no interior”, analisou.

 

Marlon Reis

 

Ainda conforme a análise do atual cenário político no Tocantins pela perspectiva de Nésio Fernandes, Marlon Reis (Rede) pode garantir três desfechos nas Eleições Gerais de outubro: a vitória do Carlesse primeiro turno; a existência do segundo turno; e derrota do Amastha no segundo turno, pontuou o presidente do PCdoB.

 

Ele acredita que os partidos rejeitados pelo Palácio e por Amastha poderão dar ao Marlon Reis um volume importante. “Esses partidos não estão com coesões internas nesse movimento pró-Marlon Reis. O PT, PSB e o próprio PV têm líderes que não acompanharão Marlon, fazendo com que esse crescimento seja mais em volume que conteúdo sólido, vindo a representar a manutenção de Carlesse no Poder, e não algo novo para o Estado”, afirmou.

 

Portanto, tanto para o presidente regional como para todos os filiados do PCdoB no Tocantins, “Marlon Reis e Amastha deveriam estar juntos em um único projeto”.

 

Saída do PT da majoritária

 

Outra insatisfação relatada por Nésio durante essas alianças, foi a saída do PT da majoritária de Amastha. Para Nésio, toda a confusão se deu, não pela união com o PSDB, mas porque o partido de Ataídes Oliveira ocupou duas vagas majoritárias (vice com Stival e Senado com Ataídes), além da possível aliança entre Amastha e Vicentinho Alves (PR), um dos principais “rivais” do deputado estadual e possível candidato a senador, Paulo Mourão (PT).

 

“Paira muita instabilidade e muitas oscilações. O prazo não finda dia 5, e sim dia 15 de agosto. A própria nacional do PT prorrogou a composição de apoio em oito estados, incluindo o Tocantins. O PSDB ainda não tem composição interna que fique conosco e o próprio MDB de Miranda tem questões, mas pode fechar sim com Amastha”, refletiu.

 

Nésio finalizou afirmando que a próxima terça-feira, 31, será um dia decisivo para os apoios firmados entre partidos tidos de esquerda. “Haverá uma grande reunião com todos os partidos em Brasília e, de lá, serão deliberados os apoios. Vamos aguardar”, disse.

 

Convenção do PCdoB

 

O PCdoB se reúne no dia 5 de agosto, no Jardim Aureny I, a partir das 8h30 na Praça da Feira.

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