Em sessão realizada ontem, 28, na Assembleia Legislativa, os deputados estaduais avaliaram a atual conjuntura estadual herdada pelo governador interino, Mauro Carlesse (PHS), após a cassação do mandato de Marcelo Miranda (MDB). Em sua grande maioria, os parlamentares esperam que a o novo governo encontre condições para corrigir vários pontos referentes à gestão do Estado.
Na ocasião, Zé Roberto (PT) considerou que o motivo pelo qual Miranda e Cláudia Lelis (PV) foram cassados não justificaria o afastamento de ambos e afirmou que existem várias outras razões que poderiam os ter retirado do cargo, mas não o alegado pela Justiça Eleitoral.
Apesar de criticar o processo que retirou Miranda e Cláudia do Palácio Araguaia, Elenil da Penha (MDB) desejou sucesso ao novo governo, apontando as dificuldades vividas pelo Estado. “Carlesse tem que adotar posturas como chamar servidores à disposição de outros poderes. O governo não dá conta nem de pagar as próprias obrigações, ainda paga servidores para outros setores”, afirmou. Elenil disse que o momento é de fazer economia e afirmou que percebe uma disposição em Carlesse para a contenção de despesas.
Elenil também criticou a decisão por uma eleição suplementar de forma direta, que custará, conforme o Tribunal Regional Eleitoral, R$ 15 milhões à Justiça Eleitoral. O parlamentar ainda alertou para a possibilidade de várias eleições no Tocantins, tanto com o pleito suplementar, quanto nas eleições de outubro.
Wanderlei Barbosa (SD) também se manifestou na sessão e disse que acredita que Carlesse terá de dar respostas rápidas a problemas como estradas precárias, segurança e saúde. Barbosa criticou a gestão passada por ter deixado “cerca de 400 concursados da Defesa Social sem assumir suas funções, enquanto mantinha mil contratos na mesma área”. O deputado defendeu o direito do novo governador de nomear os auxiliares de 1º e 2º escalões para promover um levantamento da situação do Estado. “Precisamos conferir ao Governo as condições de escolher seus secretários, e o Parlamento tem que colaborar para que a gestão tome as decisões que melhorem a situação do Estado”, declarou Barbosa.
José Bonifácio (PR), por sua vez, avaliou que, apesar do pouco tempo no governo interino, Carlesse “terá que trabalhar dia e noite na resolução de questões para sanear o Estado”. O parlamentar defendeu que a primeira que Carlesse deveria fazer é demitir milhares de contratados.
(Com informações da Dicom/AL)
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