Durante evento da reforma do secretariado da gestão na tarde desta segunda-feira, 17, o prefeito de Palmas Carlos Amastha (PP) deu algumas declarações sobre a saída de Nicolau Esteves (PT) e a não saída de Tiago Andrino (PP), o andamento das reuniões da Terceira Via e o não entendimento com o governador Siqueira Campos (PSDB) sobre o projeto de mobilidade urbana para Palmas.
Amastha afirmou que o que difere a candidatura de Nicolau Esteves da pretensão de Tiago Andrino é que “no seio do PT não existe nenhuma dúvida referente a candidatura do Nicolau, já no PP é diferente. Nós temos um deputado federal que é o presidente do nosso partido [Lázaro Botelho]", disse. O prefeito justificou a não saída de Tiago Andrino no momento afirmando que "precisamos ouvi-lo [Lázaro Botelho] e construir um projeto que seja para o crescimento da unidade do Partido. O Tiago é um soldado e ele sabe que a sua candidatura depende de uma conversa dentro do seio do PP".
Terceira Via
O prefeito que assumiu recentemente a coordenação política da Terceira Via, grupo formado pelas siglas PP, PT, PCdoB e PSL, afirmou que ainda não foram discutidas em reunião questões referentes à candidaturas. "Para mim é tão candidato a governador do Estado o Nicolau, como o Marco Antônio ou o Robertinho. Precisamos ouvi-los e ver realmente qual o tamanho da convicção e do desafio a ser enfrentado, mas eu tenho certeza que com um grupo desse não vai ser muito difícil chegar a um consenso".
O prefeito disse que está esperando a reunião dos partidos que irá definir a indicação de três pessoas de cada uma das siglas para a discussão do Plano de Governo do grupo. "O projeto já começou a andar. Independente da nomeação desses representantes".
Amatha negou que Roberto Pires tenha se afastado das reuniões da Terceira Via. Disse que em todos os encontros o pré-candidato ao governo teve voto importante para a tomada de decisões. Defendeu que “houve um constrangimento no passado, desconfianças naturais que se criam de parte em parte, mas nós temos objetivos em comum”. Afirmou ainda que seu maior interesse é participar como mediador e que vai fazer isso “enquanto os companheiros do partido assim queiram e principalmente enquanto o meu partido me credencia para isso. Se disse quer não quer minha presença nesse processo eu vou seguir a vontade do meu partido”, garantiu.
Sem acordo com Siqueira
Após as críticas do governador Siqueira Campos (PSDB) acerca do projeto BRT, o prefeito afirmou que havia se acertado com ele, mas que por algum motivo o governador se irritou durante esses dias. “Tenho certeza que não foi com o prefeito. Pode ter sido um desabafo, porque nós fizemos uma reunião muito clara e consciente, criamos um canal de diálogo. Eu respeito o governador pelo que representa, pela sua idade e não estou nem um pouco magoado e nem muda nosso posicionamento".
O prefeito afirmou que não queria que se criasse qualquer inconveniente entre eles e que Siqueira Campos pode chamá-lo para discutir o projeto, já que sua posição não mudou.
Sobre a possibilidade de o governador usar a lei a seu favor, como havia dito Siqueira Campos, Amastha disse que tem certeza que como um homem democrático ele jamais iria tentar impor alguma coisa para Palmas. "Somos maduros o suficiente para saber trabalhar em beneficio da cidade".
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