Amastha garante que os R$30 mi estão seguros e afirma que responsáveis serão punidos

Prefeito garante que dinheiro está seguro; Públio Borges faz tratativas para negociar e estornar o valor investido pelo PreviPalmas.

O prefeito de Palmas negou que o Instituto de Previdência dos Servidores de Palmas (PreviPalmas) tenha sofrido prejuízos e garantiu que os R$ 30 milhões estão investidos em fundo seguro. “Não existe investimento podre. São aplicações seguras num projeto em andamento, isso não inibe a investigação que somos obrigados a fazer porque existe muita dúvida em relação a como foi feito esse processo com a ICLA TRUST. O procurador do Município, Públio Borge, já esteve com os diretores da REAG para tentar negociar e estornar esse recurso ou tomar as medidas judiciais cabíveis. O dinheiro existe, está seguro, mas os mecanismos usados para fazer essa aplicação a gente entende que não foram os mais normais que deveriam ter sido”, explicou o gestor.

 

As declarações foram dadas durante coletiva de imprensa no início da tarde desta sexta-feira, 16, no Resolve Palmas do Capim Dourado Shopping. Na ocasião o prefeito esclareceu como a ICLA, uma das responsáveis pelo rombo no IGEPREV, entrou na história. “Nunca ninguém falou pra ninguém que esta ICLA estava envolvida. Eu soube que quem estava à frente desse investimento era a REAG. Em dezembro quando o PreviPalmas fez essa aplicação, já tinham realizado uma assembleia em que a REAG assumiria o Cais Mauá , mas no momento que o PreviPalmas fez a aplicação quem estava à frente era a ICLA”.

 

Questionado pelo T1 Notícias sobre a co-responsabilidade do secretário de finanças que autoriza e paga, o procurador geral do município, Públio Borges, disse que a pasta apenas faz a transferência dos recursos. “Todo o processo é feito no PreviPalmas, desde o momento dos estudo da contratação até a contratação em si. O investimento da Secretaria de Finanças apenas finaliza com a transferência dos recursos, somente isso. A decisão de todo processamento é feito dentro do instituto, segundo a lei vigente”, minimizou Borges.

 

Providências

 

Amastha pontuou algumas providências que tomou de imediato e garantiu que a investigação deverá apurar se houve má fé nas negociações. “No início da semana demitimos o diretor de investimento, Fábio Martins, não por dolo, mas por erro. Uma pessoa de mercado não pode cometer um erro desse. O TCE fez uma recomendação para que a gente exonerasse o presidente do Instituto, Max . Hoje de manhã eu ia cumprir essa recomendação, mas não precisou porque às 8 da manhã ele já havia feito o seu pedido de exoneração”, esclareceu. “Jamais nós autorizaríamos alguma coisa ser feita através da ICLA, só que quem fez faltou com o compromisso com essa gestão”.

 

Públio Borges acrescentou ainda que apesar de estar legalizada, não queria que Palmas negociasse com a empresa e negou que tenha autorizado qualquer investimento na corporação. “Não queremos e não queríamos abrir essa relação com a ICLA. Ela tem um histórico ruim, apesar de ter regularidade. Não queremos chancelar algo que tenha sido tratado com a ICLA”.

 

O prefeito agradeceu ainda à jornalista Roberta Tum do T1 Notícias, que levou os fatos à público. “Já agradeci a revelação da jornalista Roberta Tum que quando revelou isso eu negava porque para mim parecia impossível e ela me provou que não era tão impossível assim. Tudo o que ela tinha me falado estava correto. O jornalista exerce um trabalho maravilhoso quando atua assim”, parabenizou o prefeito.

 

 

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