Amastha solicita CPI para apurar irregularidades no transporte público de Palmas

Pedido de investigação busca esclarecer passivos financeiros, contratos suspeitos e precariedade do sistema

Crédito: Divulgação/Ascom Carlos Amastha

O vereador Carlos Amastha protocolou, nesta quinta-feira (27), um pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis irregularidades no transporte público de Palmas. O requerimento, assinado por Amastha e outros oito vereadores, busca apurar a gestão da Agência de Transporte Coletivo de Palmas desde sua criação até 31 de dezembro de 2024, diante de denúncias de má administração e uso indevido de recursos públicos.

 

O vereador pretende ampliar o apoio parlamentar para garantir uma CPI abrangente, capaz de esclarecer todas as dúvidas sobre a gestão do sistema. Entre os principais motivos que fundamentam o pedido estão passivos financeiros e dívidas herdadas, contratos suspeitos, altos gastos, condições operacionais precárias e a insatisfação dos usuários.

 

“A população palmense precisa saber como funcionava o sistema antes da municipalização, quais mudanças ocorreram e se houve prejuízos. Caso haja responsáveis, eles devem ser identificados e responsabilizados”, afirmou Amastha.

 

Ele também ressaltou que o prefeito Eduardo Siqueira Campos recebeu uma gestão problemática e tem trabalhado para implantar um modelo de concessão moderno, visando restabelecer um transporte público digno para a população.

 

Déficit financeiro e precariedade do sistema

Relatórios indicam que a gestão anterior deixou um passivo superior a R$ 35 milhões na Agência de Transporte Coletivo, referente a débitos com locação de ônibus, abastecimento e peças.

 

Para tentar recuperar a frota deteriorada, a Prefeitura firmou um contrato emergencial de manutenção no valor de R$ 14 milhões. Além disso, a locação de 60 ônibus novos, a um custo mensal de R$ 1,8 milhão (R$ 30 mil por veículo), levanta questionamentos sobre a transparência e eficiência na aplicação dos recursos públicos.

 

Apesar dos investimentos emergenciais, o transporte coletivo segue em situação precária. Relatórios apontam que ao menos 127 ônibus apresentam falhas mecânicas e estruturais, comprometendo a qualidade do serviço e agravando o impacto na rotina da população.

 

“Além de investigar os fatos, queremos apresentar soluções concretas para melhorar o transporte público em Palmas”, concluiu Amastha.

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