Ao T1, Márlon garante poupar, cortar regalias e organizar estado em seis meses

O ex-juiz conferiu na entrevista que lei da Ficha limpa lhe propiciou uma experiência avançada de exercício de liderança e que prefere discutir programa em vez de atacar os adversários

Candidato a governador tem plano de governo para organizar o estado em 6 meses
Descrição: Candidato a governador tem plano de governo para organizar o estado em 6 meses Crédito: Divulgação

O candidato da Rede Sustentabilidade e um dos idealizadores da Lei da Ficha Limpa, o ex-juiz Márlon Reis, recebeu a reportagem do Portal T1 em escritório de advocacia no centro de Palmas. Márlon estava acompanhado do seu vice, o coronel Edvan de Jesus, e falou que sua maior ferramenta para as eleições suplementares será a internet e que possui 2 mil voluntários por todo o Estado.

 

“Esses seis meses serão utilizados para poupar dinheiro público e cortar regalias e também adotar medidas necessárias para transformar o Estado e deixá-lo preparado para o próximo mandado”.

 

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O ex-juiz que é natural de Pedro Afonso, localizado na região central do Estado, contou  que de lá começará sua campanha. Caminhadas pela cidade e uma reunião aberta foram realizadas. A respeito do restante da sua movimentação pelo Estado, Márlon percorre as cidades polos.

 

Confira abaixo a conversa exclusiva do ex-juiz ao T1, que compõe uma série de entrevistas dos sete candidatos às eleições suplementares:

 

Agora que a candidatura está registrada, como será a campanha no Estado. Quais cidades serão visitadas e o foco campanha ficará em quais regiões?

 

Nós vamos combinar presença física com reuniões, encontros, palestras e até carreatas nas cidades polos. Não é possível em um prazo tão curto, fazer uma viagem por todo o Estado. Principalmente quando se considera nossa opção por trabalhar dentro da legalidade no que se trata da campanha. Então temos que definir um foco e o foco que escolhemos foi às cidades polos. Obviamente, alcançando também, sempre que possível, as cidades vizinhas dessas cidades mais importantes de cada região. Além disso, vamos utilizar massivamente da internet. Entendemos que nosso nome tem uma facilidade muito grande de penetração no universo dos internautas.

 

Onde o candidato tem um colegiado mais forte e onde precisa trabalhar mais. Como as alianças poderão ajudar nesse processo?

 

Nós temos milhares de nomes. Ao longo dos últimos 10 meses, nós formamos longa teia de voluntários por todo Estado. Hoje eles estão mobilizados em grupos na internet e no whatsApp. São pessoas que estão replicando mensagens e organizando reuniões mensais. Então, em lugar de líderes tradicionais, alguns deles nos apoiam, fizemos uma aliança com segmentos da sociedade que estão dispostos a trabalhar voluntariamente para campanha. Estimamos que pelo menos 2 mil pessoas estejam envolvidas diretamente na mobilização da nossa candidatura.

 

Mesmo com pouco tempo de campanha e pouco tempo de TV e rádio, é possível levar propostas para população e angariar votos?

 

A TV aberta alcança menos cidades do que a internet. A internet está em todos os municípios do Tocantins. A TV aberta, não. Além disso, o maior volume de informação geral da sociedade como um todo é obtido via internet hoje. Muito mais que a Televisão. E pela forma que os programas são feitos hoje, como blocos reduzidos em blocos de 10 minutos, ninguém terá muito tempo na TV. Nosso foco é mesmo na internet para transmissão de conteúdos.

 

Em um mandato tão curto, que segue até 31 de dezembro, que é possível fazer pelo Tocantins em seis meses?

 

Eu tenho dito que é possível fazer muito em seis meses porque quando se tem a concepção de que se deve usar esse mandado tampão para fazer um governo tradicional, realmente é pouco tempo, mas quando se tem um foco e um objetivo específico para o mandato tampão, pode ser tempo suficiente para realizar medidas rumo a transformação das características do Estado. Por exemplo, a identificação e a supressão de casos de corrupção com a finalidade de preservar o dinheiro público. Temos a certeza de que uma revisão criteriosa dos contratos firmados com empresas levará a necessidade obrigatória de revisão de contratos. Isso é típico da administração, ela tem poder de fazer isso e não teremos dificuldades em fazer. Esses seis meses serão utilizados para poupar dinheiro público e cortar regalias e também adotar medidas necessárias para transformar o Estado e deixa-lo preparado para o próximo mandado.

 

A campanha começou e já se nota ataques de adversários. Como você encara isso? Pretende entrar nesse jogo?

 

Nós não faremos isso. Se nos questionarem no nível do debate político, nós debateremos. Se apresentarem leviandades contra nós, nós reagiremos judicialmente pelas vias legais, mas nós não entraremos no bate boca. Nosso debate é puramente programa e estamos abertos para debater com qualquer grupo de forma programática.

 

Irá concorrer na eleição geral de outubro?

 

As eleições de outubro serão profundamente marcadas com os acontecimentos desta eleição de junho. Por isso, é difícil fazer previsões. Uma coisa adianto, eu e o comandante Edvan estaremos presentes, também, nos processos eleitorais de outubro.

 

Apesar de ser daqui, você é pouco conhecido pelos tocantinenses. Como fará para romper esta barreira?

 

Minha presença no Tocantins é pelo fato de eu ser tocantinense, de Pedro Afonso, e nunca ter rompido com os laços daqui. Eu vivia no Estado vizinho e morava em quase toda minha magistratura em cidades vizinhas ao Estado, justamente para estar sempre aqui, como sempre estive. Acompanhei todo o desenvolvimento do Estado, a vida política, sempre me interessei por tudo que acontecia aqui. Nunca me desconectei com meu Estado. Toda minha família, tanto parte de pai e mãe, são pessoas do antigo norte do Goiás. Meus vínculos pessoais e familiares são aqui do meu Estado.

 

Seu maior trunfo é ser co-autor da lei da ficha limpa. Como essa experiência pode te dar condições de administrar o Estado?

 

A lei da Ficha limpa me propiciou uma experiência avançada de exercício de liderança. Eu tive a honra de liderar milhões de brasileiros. Desde o processo de redação do projeto até as assinaturas coletadas. O debate no Congresso Nacional, a defesa da constitucionalidade da lei, que envolveu muitos milhões de brasileiros. Em determinado momento, em uma pesquisa de opinião pública, foi revelado que mais de 90% dos brasileiros eram favoráveis à lei da Ficha Limpa.

 

Mas você está preparado para administrar o Estado?

 

Não por causa da Lei da Ficha Limpa, a lei serve como apresentação, ela mostra quem eu sou, quais são meus compromissos, mas ela não autoriza eu governar. O que autoriza é o meu programa. Eu tenho um programa de governo, que não é de copiar e colar e não foi feito por uma agência de publicidade. Ele foi construído por cabeças pensantes e ouvindo pessoas em diversas reuniões ao longo do Estado. Ele está disponível e é esse programa que debaterei ao longo da nossa caminhada nessa campanha.

 

Vai começar a campanha por onde?  E como ficou definido o orçamento?

 

Nosso orçamento é muito enxuto. Estamos pretendendo usar a internet e fazer viagens. Mas a grande novidade é que vamos lançar uma campanha online de doação. Nós acreditamos que a sociedade tocantinense irá financiar nossa campanha e queremos que ela financie. Não teremos dinheiro desviado de órgãos públicos. Não vamos utilizar caixa dois. Nada disse estará presente em nossa campanha. Vamos lançar um site específico para coleta de doações. Começamos por Pedro Afonso, minha cidade natal, como palco da nossa primeira grande reunião de campanha.

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