Em uma reunião realizada na última semana em Brasília, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, deu seu aval para que a executiva estadual da sigla no Tocantins faça o melhor acordo para o partido. O aval do presidente dá liberdade à sigla e derruba qualquer obrigatoriedade de a mesma ter que dividir o palanque com o PMDB no Estado.
Ao confirmar a reunião ao T1 Notícias, o presidente do PT no Tocantins, Júlio Cesar Brasil, disse que o momento "foi para apresentarmos a resolução que já havia sido publicada por nós e também falarmos com a Direção Nacional sobre o cenário no Tocantins, que ainda não está definido. Após essa explanação, o presidente nos deixou livres para negociar dentro do partido”. Além de Júlio Cesar Brasil, participaram da reunião com o presidente da nacional do PT o ex-presidente da sigla no Tocantins, Donizeti Nogueira, o prefeito de Colinas, José Santana, e o pré-candidato do partido ao governo, Paulo Mourão.
De acordo com Júlio Cesar, apesar do aval do presidente, não há uma exclusão do PMDB das possibilidades de aliança no Tocantins. “Não estamos excluindo o PMDB do rol de possibilidades. O que ocorre é que não existe e nunca existiu uma obrigatoriedade. O PMDB é nosso aliado preferencial, mas ainda há no Tocantins uma insegurança jurídica que persiste”, frisou o presidente, se referindo a uma possível candidatura do ex-governador Marcelo Miranda ao governo.
Ainda segundo Júlio Cesar, o partido no Tocantins continua conversando com o PV, o PROS e o PMDB. “Continuamos conversando e vamos decidir o que for melhor para o nosso partido”, enfatizou o presidente destacando que uma candidatura própria ao governo ainda não está descartada.
Palanque forte para Dilma
Entre as preocupações do PT no Tocantins está a de formar um palanque forte para a reeleição da presidente Dilma Rosseff. Uma das possibilidades veiculadas nos bastidores seria o partido garantir, por meio de uma aliança com o PV ou o PROS, dois palanques para a reeleição, já que o palanque do PMDB já está garantido após o anúncio da aliança Nacional com o partido ocorrido nesta terça-feira, 10, em Brasília.
Sem confirmar o direcionamento, Júlio Cesar admitiu que a formação de um palanque forte para a reeleição de Dilma influencia na decisão do PT no Tocantins. “Construir um palanque forte para a reeleição da presidente é uma preocupação e, se for possível, até dois palanques”, declarou o presidente.
Reuniões
A partir da próxima semana o PT realiza uma série de reuniões pelo interior do Estado para ouvir sua militância sobre as possíveis alianças e também discutir a conjuntura estadual. As reuniões acontecem em Dianópolis, Gurupi, Paraíso, Colinas e Axixá antes da convenção estadual do partido, que deve ocorrer entre os dias 28 e 30 de junho. O partido deve anunciar sua definição de alianças apenas na convenção.
Comentários (0)