O clima entre o vereador de Palmas, Diogo Fernandes (PSD) e o prefeito Carlos Amastha (PSB) azedou nos últimos dias após o vereador abrir seu gabinete para os grevistas na Câmara Municipal e questionar o prefeito num grupo de WhattsApp composto por parlamentares da base e secretários a respeito da greve. Segundo Diogo Fernandes afirmou em entrevista ao T1 Notícias na manhã desta terça-feira, 26, o prefeito não gostou do questionamento e deixou o grupo e o parlamentar saiu logo em seguida. O parlamentar se esquivou de confirmar sua saída da base aliada do prefeito na Câmara, mas informou que a relação vem se desgastando durante esse ano.
Na ocasião, o parlamentar se esquivou de confirmar a baixa e adiantou que sua postura continuará a mesma agindo de acordo com suas convicções, mesmo que não agrade o prefeito.
“Sempre digo e continuo afirmando que ninguém foi eleito para ser base ou oposição. Fomos eleitos para representar nossas bandeiras. Quando me aliei ao Amastha foi com esse objetivo, mas vou continuar agindo como sempre agi. O clima esquentou porque me posicionei favoravelmente na questão dos professores e fiz alguns questionamentos e a gestão não aceita questionamentos. Só que eu não mudo minha linha, tem muitos que mudam. Eu não concordo com esse jeito Amastha de governar”, explicou.
Segundo o vereador que preside uma das comissões mais importantes da Casa, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e é vice-presidente da Comissão de Ética, o desgaste já vem acontecendo há um certo tempo.
“Esse esfriamento já vem acontecendo num processo no decorrer do ano em várias questões como por exemplo a pauta do IPTU e agora a pauta dos professores. Eu perguntava as coisas naquele grupo e ninguém respondia nada. Durante essa greve o prefeito foi questionado no grupo e ele mesmo saiu porque não se agradou com a conversa, e eu também saí. Estou muito tranquilo porque estou agindo de acordo com a minha consciência, ele é que não está gostando”.
Diogo Fernandes garantiu que o fato não deverá interferir na sua atuação diante dos projetos que passarem por suas comissões. “Isso não vai alterar em nada. Vou continuar olhado como sempre olhei. Só não posso compactuar com o que não acho certo”, finalizou.
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