Em audiência realizada na última sexta-feira, 7, na 29ª Zona Eleitoral de Palmas, uma testemunha chave no Recurso Contra Expedição de Diploma (Rced) movido pelo deputado estadual Marcelo Lelis (PV) contra o prefeito de Palmas Carlos Amastha (PP), mudou seu depoimento.
Segundo o advogado que representa o prefeito Carlos Amastha no Rced, Leandro Manzano, em seu depoimento a testemunha teria alegado ter sido coagida e teria chegado a chorar. "Das cinco testemunhas da acusação apenas três compareceram e logo no primeiro depoimento, a pessoa negou ter conhecimento daqueles fatos. Quando eu perguntei se ela tinha sido procurada pelo Lelis, a testemunha começou a chorar na frente de todos, afirmando que há 10 dias não tinha paz sendo assediada pelo pessoal do Lelis”, declarou o advogado.
Manzano afirmou que vai procurar o Ministério Público Federal (MPF) para ratificar o acontecido e abrir um processo em que solicita que a Polícia Federal (PF) investigue o crime. O advogado também disse que irá pedir proteção policial absoluta para as testemunhas envolvidas no caso e sigilo de seus nomes.
O outro lado
Procurado pelo T1 Notícias na manhã desta segunda-feira, 10, para falar a respeito da mudança no depoimento da testemunha, o advogado que assina o Rced, Juvenal Klayber, afirmou não compreender a atitude e reafirmou que foi a própria testemunha que teria procurado para fazer a denúncia. “Nós fomos procurados pela testemunha que estava fazendo denúncias gravíssimas contra o Amastha, com provas, e foi com elas que abrimos o Rced. Não entendemos porque houve essa mudança no depoimento. Só isso que temos a dizer”, ressaltou o advogado.
Com os novos fatos, conforme informaram os advogados o Recurso Contra Expedição de Diploma deve retornar ao relator nos próximos dias, para uma nova análise.
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