Em entrevista coletiva, o deputado Sargento Aragão (PPS) comunicou oficialmente que não irá assumir o cargo de vice-prefeito de Palmas, para o qual foi eleito. Insatisfeito, Aragão criticou o prefeito Carlos Amastha pelos critérios usados na distribuição de cargos e pela pequena participação do PPS no governo.
Segundo o deputado, no dia 12 de novembro do ano passado ele encaminhou ao prefeito um documento no qual pedia a participação do partido na gestão. “Até hoje não tivemos sequer resposta da solicitação. Estou comunicando que não farei parte desse governo, pois nosso compromisso era com o povo e não com composição partidária, pois na nossa campanha tivemos apenas o apoio de dois deputados estaduais e de um deputado federal e de nenhum vereador, então quem nos elegeu foi o povo”, disse Aragão.
Partido participa
Sobre a participação do partido, Aragão disse que essa ocorrerá por direito, já que o PPS, além de ter participado efetivamente da campanha, elegeu dois vereadores. “O partido irá sim, ter sua participação, mas isso ocorrerá por direito e por meio dos dois vereadores que foram eleitos, eu não não irei participar”, disse Aragão, informando que o compromisso de campanha era com a comunidade, não com partidos.
Oposição a Siqueira
Aragão disse ainda que ficará na Assembleia Legislativa e continuará fazendo oposição ao Governo do Estado. “Eu continuo na tribuna, sendo oposição ao governo do Estado e digo a vocês que minha participação no governo do Amastha será a mesma que tenho no governo do Estado, ou seja, nenhuma, pois fomos eleitos pelo povo com o compromisso de fazer a diferença, e as pessoas que o prefeito nomeou são as mesmas que já estavam, dessa forma, não há como construir um novo caminho.
Críticas
Por meio de nota enviada a imprensa, Aragão criticou a composição política-administrativa em curso do governo municipal de Palmas – a indicação do Procurador Geral do Município, “cujo critério foi dito que seria o técnico, mas foi de pessoa que tem incompatibilidade legal para o exercício do cargo”, “ a nomeação de uma profissional da área jurídica para a Secretaria de Desenvolvimento Social, quando o critério anunciado era o técnico”; “a nomeação de vereador eleito por coligação adversária, pessoa com formação na área jurídica, para a Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo, quando o critério anunciado era o técnico; a nomeação para a Secretaria de Finanças de pessoa totalmente alheia ao processo de formação do programa de governo, mas que teve efetiva participação contrária no processo eleitoral; a viabilização pelo prefeito da titularização do 1º suplente de vereador à Câmara de Palmas, pessoa que não pertenceu à Coligação Um Novo Caminho É Possível, que nos elegeu”.
Sinal aceso
Segundo o deputado, um sinal de alerta se acendeu quando o então prefeito-eleito negociou com os vereadores da passada legislatura a modificação na lei orçamentária de Palmas para 2013, proporcionando-lhe a futura faculdade de abrir créditos adicionais suplementares por decreto de até 50% do mesmo – "uma atitude repudiável e que combatemos veementemente no orçamento estadual, que pretendia faze-lo em 40%", disse o deputado.
Tentativa de desmantelamento
O deputado ainda afirmou que, paralelamente, está em curso uma tentativa de desmantelamento político-eleitoral do PPS de Palmas, que estaria sendo iniciada por Tiago Andrino, Secretário de Governo e Relações Institucionais, “que, sem nenhuma cerimônia e prévia ciência do Presidente Metropolitano do PPS, convidou os candidatos a vereador do Partido para filiarem-se em bloco ao PP, uma atitude ainda a ser qualificada".
Negreiros participa
Participaram da coletiva, o presidente da Câmara de Vereadores, Major Negreiros (PP), e os veredores Etinho Norteste (PPS) e Claudemir Portugal (PHS).
(Mais informações em instantes)
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