Em entrevista ao T1 Notícias na manhã desta terça-feira, 15, na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Sargento Aragão (PROS) comentou a possibilidade de dupla desistência de procuradores de contas à vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), possibilitando assim que o procurador Oziel Pereira dos Santos entre para a lista tríplice a ser elaborada pelo pleno do TCE.
O deputado disse que as desistências são estranhas, assim como “o vice renunciar antes do governador”. “Agora o 3º e o 4º colocados abrem mão de ser conselheiro do Tribunal de Contas para o quinto colocado passar a ser terceiro. Quando na lista tríplice nós sabemos quem vai ser escolhido”, completou Aragão.
Em pronunciamento na AL o deputado Aragão e a deputada Josi Nunes (PMDB) disseram que a Assembleia Legislativa errou ao referendar o nome de Leide Mota para uma vaga que, por direito, deveria ser preenchida por um procurador de contas.
Sobre o procurador Oziel, Aragão disse ao T1 Notícias que “ele obedece a órdens do Siqueira e vai continuar obedecendo”. Já com relação a uma possível legitimação da AL ao nome do procurador, Aragão disse que a Casa já errou uma vez e, enfaticamente, declarou que “eu acho que nós temos que criar vergonha na cara”. O deputado explicou que, caso Oziel realmente integre a lista tríplice e seja o escolhido pelo governo, ele deve participar de uma sabatina na AL, onde será questionado sobre supostos desfalques no antigo Ipetins.
“É pra ele ser ouvido aqui. Mas eu estava com vistas do processo da Leide e mesmo assim eles aprovaram aqui uma hora da manhã. Na terça-feira, quando cheguei, o processo que eu tinha já não valia mais nada”, criticou o deputado.
O STJ decidiu na semana passada que a vaga antes preenchida por Leide Mota pertence ao Ministério Público de Contas e deve ser ocupada por critério de antiguidade.
Bastidores
O T1 Notícias noticiou ontem que, segundo comentários de bastidores, o Estado teria interesse em nomear Oziel Pereira dos Santos para a vaga e que, para isso, teria negociado a desistência de Márcio Ferreira Brito, que é o terceiro mais antigo. E, como o quarto mais antigo é procurador José Roberto Torres Gomes, que se licenciou para se dedicar ao processo eleitoral, ocuparia o terceiro lugar o procurador Oziel Pereira.
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