O projeto de Lei de autoria do deputado Valdemar Júnior (PMDB), que tinha como proposta conceder o título de cidadão tocantinense ao presidente Michel Temer foi apresentado durante sessão realizada ontem, 31, na Assembleia Legislativa e sequer foi votado. Após polêmica e falas de parlamentares que se opuseram, o projeto foi retirado de pauta pelo presidente da Casa, Mauro Carlesse.
Contrário à honraria, o deputado petista Zé Roberto disparou: “oferecer esse título a Michel Temer é uma coisa degradante para o Estado e para esta Casa. Um homem que comprou 251 votos por R$ 32 milhões para se manter no poder, levou 6 milhões e meio de pessoas para o mapa da fome, entregou a riqueza do Brasil e reduziu o salário mínimo... Esse homem tinha que receber era um título de repúdio, seria o mais coerente diante do que ele faz com o nosso país. Não só voto contrário como espero que nunca seja entregue”, criticou.
Também contra o PL, o deputado José Bonifácio (PR) avaliou a baixa popularidade do presidente. “Na estrutura que este país se encontra eu não acho viável dar um título de cidadão tocantinense a um presidente que não tem nem 3% de aprovação. Não é porque ele é do PMDB, não, é porque ele não merece. O povo brasileiro está repudiando e nós vamos conceder título a ele?”, questionou Bonifácio. Wanderley Barbosa (SD) também se opôs sob a justificativa de não ver importância no assunto para o Tocantins.
Na mesma sessão, foram concedidos títulos de cidadania tocantinense ao ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, ex-governador do Estado Moisés Avelino e deputado federal pelo Estado de Alagoas, Maurício Lessa (PR-AL). As propostas são de autoria de Olyntho Neto (PSDB) e Valdemar Júnior (PMDB), respectivamente.
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