O senador Ataídes Oliveira (PROS-TO) relatou as dificuldades enfrentadas pelo seu estado, em decorrência da ação de maus administradores e da corrupção, conforme assinalou. Ele observou que, apesar de suas imensas riquezas naturais, o Tocantins ainda é refém dos repasses federais por meio do Fundo de Participação dos Estados, de onde provêm 62% das suas receitas, porque a arrecadação própria não passa de R$ 1,4 bilhão ao ano.
Segundo o senador, a situação é grave em todas as áreas, especialmente na segurança e na saúde. O estado contaria apenas com um hospital regional e acaba de sair de uma greve de professores, que lutavam pelo cumprimento de direitos que já tinham. Ele acusa a falta de investimentos em infraestrutura e saneamento básico e cobra a construção de um centro de convenções para eventos com a finalidade de atrair negócios.
— Lamentavelmente, as coisas não são muito boas. O estado é um gigante adormecido — acentuou.
Apesar dessa situação, ele observou que o Tocantins tem uma das maiores áreas entre os estados, com 277 mil quilômetros quadrados, 15 milhões de hectares prontos para plantio, uma das maiores bacias de água doce do mundo, com dois grandes rios (Tocantins e Araguaia), além de grandes reservas minerais e elevado potencial energético.
— Superar a situação atual é muito fácil, não tem segredo nenhum, porque temos tudo: o que precisamos é de um administrador ou uma administradora que conheça a fundo nossas riquezas e que queira fazer uma ruptura na nossa política, hoje pútrida e petrificada — afirmou.
O senador lembrou que, em quatro anos, o Tocantins teve oito governadores. Destacou que nos últimos meses ouve sucessivas renúncias, que decorreram de um “plano maquiavélico” de desincompatibilizações noves meses antes do encerramento do mandato e eleição do último governador pela Assembleia Legislativa. O objetivo teria sido assegurar a candidatura de filho do governador anterior, que continuaria dando as cartas no governo, de acordo com o parlamentar.
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