Ataídes repudia terceirização de UTI neonatal e diz que Governo é 'ineficiente'

A ação do Governo do Estado de terceirizar a UTI neonatal do Hospital Dona Regina, foi motivo de nota de repúdio do senador Ataídes, que sugere que "interesses particulares movem essa medida".

Senador Ataídes repudia terceirização
Descrição: Senador Ataídes repudia terceirização Crédito: Gerdan Wesley

O senador Ataídes Oliveira (PSDB) divulgou uma nota de repúdio à terceirização da UTI neonatal do Hospital e Maternidade Dona Regina. Para o senador “o Governo do Estado demonstra mais uma vez sua ineficiência e incapacidade de resolver os problemas da Saúde”.

 

Em sua nota ele lembra que o hospital que foi modelo para outros Estados “está sendo verdadeiramente desmontado pelo Governo”. Ataídes se diz “indignado” e disparou que “interesses particulares que movem essa medida”.

 

O senador lembra na nota que outras experiências de privatizar a Saúde no Estado não deram certo ao citar a Oscip Brasil e a Pró-Saúde, que segundo ele foi a época em que “os hospitais do Tocantins viveram as piores crises de sua história”.

 

Confira a nota de repúdio do senador Ataídes Oliveira na íntegra:

 

Nota de Repúdio

Terceirizar a UTI Neonatal?

Ao terceirizar a UTI neonatal do Hospital e Maternidade Dona Regina, o Governo do Estado demonstra mais uma vez sua ineficiência e incapacidade de resolver os graves problemas da saúde pública tocantinense. Agora, as vítimas do desmando serão as crianças.

O Dona Regina, que há foi um hospital modelo para outros Estados, está sendo verdadeiramente desmontado pelo Governo Marcelo Miranda. É preciso dar um basta nessa prática de transferir a responsabilidade pela gestão da saúde do nosso povo.

Eu repudio essa atitude, que me causa indignação e tristeza. Tenho certeza de que a decisão não foi tomada pensando no melhor interesse das crianças do Tocantins. São interesses particulares que movem essa medida desumana e esdrúxula, que coloca crianças em risco e abala as famílias tocantinenses.

Nenhuma dessas experiências privadas da saúde no Estado deu certo. Um exemplo do fracasso é a Oscip Brasil, que resultou em várias condenações e levou o Ministério Público Federal a apontar um desvio de R$ 23 milhões dos cofres do Tocantins. Com a Pró-Saúde, os hospitais do Tocantins viveram uma das piores crises de sua história. E agora o erro está sendo repetido. Será que não bastaram as vidas que se foram? O Governo quer repetir o erro, mas as vítimas, como sempre, serão a população e os profissionais da saúde.

Com esta péssima ação, o Governo do Estado dá a uma empresa privada o poder de gerenciar diretamente a saúde pública, quando a Constituição Federal autoriza apenas a atuação suplementar da iniciativa privada.  Médicos e outros profissionais da saúde com especialidade e experiência de anos em UTI Neonatal foram transferidos de setor  ou simplesmente descartados. Outros, com especialidades raras e necessárias, já fazem o caminho de volta para seus estados de origem. Quem sai perdendo? Famílias, crianças, gente de bem. Quem está ganhando? Isso vamos descobrir.

Nenhuma empresa se instala numa área tão complexa de um dia para outro. Vamos descobrir quem está ganhando por trás desta terceirização. 

 

(Atualizada com correção na nota às 09h25 do dia 28/04)

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