Mário Lúcio Avelar (PPS) não será candidato ao governo do Tocantins. A informação foi confirmada pelo próprio procurador federal em nota encaminhada ao T1 Notícias no final da tarde desta sexta-feira, 27.
Avelar foi lançado inicialmente como pré-candidato de oposição à chapa governista, de Siqueira Campos e Sandoval Cardoso. No entanto, o partido do procurador é da base e o conflito de interesses gerou instabilidade na sigla. O PPS ficou dividido, de um lado membros que apoiavam uma candidatura de oposição, do outro membros que preferiam a manutenção na base.
O procurador federal tentou de diversas maneiras conseguir legenda, inclusive lutou por uma intervenção da Executiva Nacional no Tocantins. Avelar chegou a comparar a situação do PPS ao caso do PMDB, afirmando que seu partido estava “alugado ao Palácio”.
A nota
Na nota de três páginas, Avelar diz que se apresentou para ser candidato, mas que lhe negaram a legenda e a oportunidade. “Não permitiram que amanhã [sábado] eu possa apresentar-me na Convenção partidária como candidato. Frustraram meu imenso desejo de submeter meu nome aos eleitores do Tocantins. Não poderei ser votado”.
Avelar apresenta ainda o que gostaria de fazer à frente do Poder Executivo, citando diversas vezes que queria acabar com a corrupção. “Acreditei que poderia por um basta neste sistema perverso que todos os que moram no Tocantins conhecem bem e, como eu, estão fartos de testemunhar”, diz.
O procurador agradece o apoio que recebeu de homens e mulheres de bem “que compartilham o mesmo ideal transformador desta realidade perversa”.
Mário Lúcio Avelar diz que se filiou ao PPS acreditando a histórico do partido, mas que sofreu um golpe da direção estadual: “sócia menor desse desgoverno que assola e infelicita a vida de todos os cidadãos que aqui vivem e trabalham”.
O procurador diz ainda que a Executiva Nacional do partido não manteve o compromisso de sustentar sua candidatura no Tocantins, “rompeu a palavra que me foi assegurada no dia em que me filiei ao partido no gabinete do Presidente do PPS”.
Ao final da nota Avelar diz: “Continuo acreditando em ideais. É preciso romper os óbices que impedem a libertação do Tocantins das garras da velha política que vitimiza sua população. Permanecerei vigilante e atento a uma oportunidade de servir ao povo do Tocantins no futuro. Espero que este dia chegue.”
Confira no arquivo anexo abaixo a íntegra da nota de Mário Lúcio Avelar.
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