Heno aponta nulidades em impeachment, acata decisão e vai à Justiça reaver mandato

Decisão pela cassação foi firmada em sessão realizada nesta segunda-feira, 6, na Câmara municipal. Ex-gestores eram investigados por irregularidades em contratos na educação.

Heno Rodrigues
Descrição: Heno Rodrigues Crédito: Divulgação/Facebook

O prefeito de Formoso do Araguaia, Heno Rodrigues da Silva, disse por telefone ao T1 Notícias na manhã desta terça-feira, 7, que acatará o afastamento votado na noite desta segunda-feira, 6, pela Câmara Municipal de Formoso que cassou seu mandato, e vai à Justiça para reavê-lo.

 

“O que provocou isto foi que lá atrás recusamos algumas situações por não concordar com elas”, relembra, ao falar do que “azedou” sua relação com boa parte dos vereadores.

 

O processo que culminou no impeachment está cheio de nulidades, sustenta o prefeito afastado, e é com base nelas que ele vai à Justiça para buscar reaver o mandato. “Nós estamos conversando com a banca que patrocinou nossa defesa para ver qual o caminho a seguir, mas recebo a decisão e acato, até que haja um pronunciamento da Justiça sobre isso”, declarou.

 

Embora tenha participado fazendo sua defesa em alguns momentos do trâmite do pedido de impeachment, Heno Rodrigues aponta que alguns vereadores estavam impedidos de participar, outros de votar e que em uma das votações, requereu nulidade por não ter conseguido fazer sua defesa técnica, sem que isso fosse considerado. “O processo todo tem uma série de vícios. Vamos buscar reverter”, disse.

 

O presidente da Câmara do município, Felipe Souza Oliveira (PRTB), assumiu o cargo de prefeito na cidade.

 

Câmara aprovou afastamento com apenas um voto contrário

 

A Câmara de Formoso do Araguaia aprovou, em sessão realizada nesta segunda-feira, 6, pela cassação dos mandatos de Heno e do vice-prefeito, Israel Borges Nunes. Os ex-gestores eram investigados por irregularidades em contratos de transporte escolar e corrupção na educação municipal. Durante a sessão, que terminou por volta de 23h30, foram somados 10 votos a favor da cassação e apenas um a favor para que Heno e Israel permanecessem em seus respectivos cargos.

 

Heno era investigado pela Polícia Federal através da Operação "Rota Dubai", que apurava irregularidades e desvios de recursos financeiros em contrato no valor de R$ 2.203.260,64 feito com o programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (Pnate). Em janeiro deste ano, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão na residência dos ex-gestores.

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