Da tribuna da Câmara Municipal, o vereador de oposição Lúcio Campelo (PR) cobrou do prefeito Carlos Amastha (PP) que faça também uma revisão da área doada ao Capim Dourado Shopping. A cobrança foi feita após o anúncio da Prefeitura de Palmas de que vai revisar a doação de áreas públicas na Capital através da criação da Comissão Especial de Levantamento e Regularização das doações das áreas pertencentes ao Patrimônio Imobiliário do Município, a Comissão das Áreas Públicas, que vai passar um “pente fino” no setor. Campelo acusou Amastha de suscitar um clima de insegurança com a criação da Comissão.
Campelo disse que é a favor de revisar as áreas que não estão de acordo com a finalidade a qual foram doadas, mas aponta que o prefeito Amastha foi um dos empresários que conseguiram área pública na Capital. Campelo diz que a área do Capim Dourado Shopping foi comprada a preço menor que o valor de mercado e depois vendeu o empreendimento a preço maior. “A área do Capim Dourado é uma área de preservação permanente transformada em uma área comercial para vender para o Amastha. Hoje, ele é prefeito e eu quero ver o exemplo dele e revisar esse fato”, afirmou Campelo.
Para Campelo, não precisava de comissão para revisão pois a lei de doação já prevê que as áreas doadas que não estão cumprindo a sua finalidade sejam retomadas. Segundo Campelo, o prefeito contradisse o seu posicionamento quando no mesmo dia que em publicou no Diário Oficial do Município a criação da comissão, declarou à imprensa que não vai mexer com as igrejas. “O prefeito está expondo as igrejas católicas e evangélicas. Está expondo a imagem das igrejas”, frisou.
Defesa
Líder do Governo, o vereador Joel Borges disse que o papel das igrejas é evidente e claro e positivo para a sociedade e apontou ser contra o município tomar áreas de instituições religiosas. Borges criticou Campelo que o chamou de hipócrita e disse fazer uma defesa séria e fundamentada do governo Amastha. “Problemas na cidade nós temos, mas a pergunta que se faz é se o prefeito está enfrentando os problemas”, afirmou Borges.
Ponderação
O vereador Joaquim Maia (PV) destacou que a revisão das áreas é essencial, mas ponderou que os casos devem ser analisados criteriosamente e reclamou do que classificou como um clima de insegurança criada. "O estudo tem que acontecer. Agora, o que tem que se buscar do Poder Executivo é que avalie pontualmente. "Tem que se ver o histórico disso aí, como aconteceu. Tem que se avaliar, mas não pode deixar um clima de insegurança no processo. Tem que se construir um diálogo com as instituições", finalizou Maia. Para o líder da oposição, vereador Iratã Abreu (PSD) é essencial a revisão das doações, mas também ponderou ser necessário observar caso a caso.
Fim das áreas
Para o vereador Claudemir Portugal (PPS) as instituições religiosas são as que estão menos preocupadas com a revisão de doação de áreas públicas. Portugal apontou que existem realmente áreas doadas que não se sabe qual foi a sua finalização.
O vereador Folha (PTN) sem afirmar o nome, disse que tem instituição que ganhou área nobre em Palmas há 20 anos e nunca construiu a igreja.
Comentários (0)