Candidatas à vice-presidência discutem papel das mulheres na política

O debate foi promovido pelo Jornal El País na manhã desta sexta-feira, 28, e transmitido pela internet

Candidatas a vice-presidente debatem vários temas
Descrição: Candidatas a vice-presidente debatem vários temas Crédito: Divulgação

As candidatas à vice-presidência discutiram o papel das mulheres na política em debate promovido pelo Jornal El País na manhã desta sexta-feira, 28. Participaram do encontro Ana Amélia (PP), vice de Geraldo Alckmin; Kátia Abreu (PDT), vice de Ciro Gomes (PDT); Manuela D'Ávila (PCdoB), vice de Fernando Haddad (PT); e Sônia Guajajara (PSOL), vice de Guilherme Castro Boulos (PSOL).

 

Entre os temas debatidos, que foram apresentados por meio de perguntas realizadas por jornalistas mulheres de diversos meios de comunicação, estão o aborto, violência contra as mulheres, mercado de trabalho, previdência, igualdade e equiparação salarial e outros.

 

 “Não podemos deixar o machismo continuar a matar as mulheres” afirmou Manuela ao ser questionada sobre feminicídio. Ela, Guajajara e Amélia falaram sobre a necessidade de mais delegacias da mulher e o combate à cultura do machismo. Kátia afirmou que o governo Ciro terá três amplas frentes na Segurança Pública e uma delas é para defesa da mulher.

 

No mercado de trabalho, todas defenderam a equiparação salarial. Kátia propõe o “selo de reconhecimento” para empresas. “Educar em vez de punir”, que também foi sustentado pela vice de Alckmin. Manuela e Guajajara acham que o Estado precisa cobrar mais dos empresários a participação das mulheres no mercado.  A vice de Boulos chegou a citar a criação de lista suja do machismo para penalizar a empresa que pagar salário diferente à mulhar que exerça as mesmas funções.  

 

Sobre a participação das mulheres na política, Kátia Abreu afirmou que o cenário será diferente a partir destas eleições. Ponderou que a Lei que garantia 30% para candidaturas femininas mudou quase nada a participação das mulheres porque muitas eram candidatas laranja. Afirma que isso deve ocorrer pelo financiamento público de campanha e pelo fim do financiamento de empresas, no qual pautas somente defendidas por homens recebiam verbas de campanha. “As mulheres defendem áreas muito difíceis de serem financiadas, as áreas sociais” conferiu.

 

Temas

 

Adoção por casal gay

 

Sônia Guajajara: "O nosso partido construiu um programa que foi discutido por pessoas diversas e o nosso compromisso é de fortalecer a diversidade sexual. E nós não vemos diferença nenhuma entre um casal de homossexuais ou um casal hetero adotar uma criança".

 

Mercado de trabalho

 

Manuel D'Ávila: "O nosso projeto é um projeto do povo brasileiro. Quem são aqueles que mais consomem os serviços público? Qual a trabalhadora mais precarizada? Qual a mulher que sente mais falta da creche? São as mulheres negras. Nós acreditamos que essas são as mulheres que devem construir as políticas de emancipação e inclusão da população negra".

 

Porte de Armas

 

Kátia Abreu: "Armamento apenas para proteção em lugares onde as pessoas não têm o 190 pra ligar. Sou contra o armamento urbano".

 

Aborto

 

Sônia Guajajara: "Ninguém é a favor do aborto, o que a gente defende é a vida das mulheres. O estado tem a obrigação de oferecer um atendimento gratuito e de qualidade. (O aborto seguro) tem que ser uma obrigatoriedade do Estado".

 

Bolsonaro

 

Ana Amélia sobre eventual apoio a Bolsonaro no segundo turno das eleições: "Essa decisão é no segundo turno, o presidente Alckmin irá para o segundo turno. Ele é um homem de diálogo, respeita as mulheres e trabalhou pelas mulheres em SP".

 

Manuela D'Ávila sobre Bolsonaro: "O machismo é estrutural e esse candidato, além de antidemocrático, não tem compromisso nenhum com a construção da igualdade entre brasileiros e brasileiras".

 

Educação

 

Kátia Abreu: "O IDEB mais recente destaca o bom desempenho em Sobral, cidade de Ciro Gomes. Acreditamos em Formação continuada para professores, salários maiores para professores de escola pública do que escola privada, como no Governo de Ciro Gomes, escola em tempo integral e Ensino Profissionalizante"

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