Após o presidente da Assembleia Legislativa Mauro Carlesse (PHS) emitir uma carta aberta ao ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), criticando seu comportamento "ofensivo", este sugeriu ao deputado que "se abstenha de assumir mais uma vez o Governo do Estado e repasse essa missão ao presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins, Eurípedes Lamounier (próximo na linha sucessória), que conduzirá o Tocantins até o final das eleições suplementares, caso o deputado seja candidato a governador", na hipotética situação da saída de Marcelo Miranda do cargo após julgamento de seus embargos no TSE nesta quinta-feira. Tanto Carlesse quanto Amastha são pré-candidatos nas eleições de 2018.
O ex-prefeito ainda sugere que caso não se abstenha, Carlesse poderia ao menos manter a equipe do governador Marcelo Miranda "em respeito ao povo e ao dinheiro público. O partido entende que, agindo dessa forma, o deputado Carlesse dará uma grande demonstração de espírito público, garantindo que o pleito suplementar transcorra de forma transparente e democrática. O Tocantins agradece", diz.
Carlesse respondeu instantes depois às declarações de Amastha por meio de uma nova nota. "Não fugirei de minha responsabilidade constitucional de substituir o governador do estado nas condições estabelecidas pela Constituição Federal. Todas as vezes que for necessário. Fui eleito para cumprir um mandato de deputado estadual por quatro anos e cumprir todas as obrigações constitucionais que o exercício do cargo me impõe. Abandonar as obrigações confiadas a mim pelos eleitores seria trair a confiança que eles depositaram em mim. O mandato não me pertence, ele pertence ao povo. Se o senhor decidiu abandonar no meio do caminho a administração da Capital, Palmas, para a qual foi eleito por um mandato de quatro anos, traindo a confiança depositada pelos seus eleitores, isso não se aplica a mim", disse Carlesse.
Deputado defende prerrogativa de ocupar o cargo
O presidente da AL apontou em carta que Amastha "comporta-se de forma agressiva e desrespeitosa contra todos que contrariam os seus interesses políticos pessoais e esse tipo de atitude tem proporcionado situações constrangedoras para as pessoas e instituições", além de desequilibrado emocionalmente.
Em seguida, Carlesse declara que "não vou me deixar levar pelo mesmo instinto irresponsável que marca seu comportamento, pois sou educado de forma diferente. Aprendi a respeitar as pessoas e também discordar de seus pontos de vista sem ter que ferir suas dignidades ou suas famílias".
O parlamentar respondeu ao ex-prefeito que ocupa um cargo com prerrogativas constitucionais que o eleva a condição de ocupar temporariamente o cargo de governador em condições adversas e que buscará cumprir seu papel da melhor forma. Por fim, Carlesse exigiu respeito de Amastha.
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