O governador interino do Tocantins, Mauro Carlesse (PHS), declarou à Justiça Eleitoral a perda de R$32 milhões em um intervalo de quatro anos, entre duas eleições. Além disso, o Banco do Brasil tenta cobrar do gestor, uma dívida de R$3,4 milhões de contratos bancários.
Carlesse disse possuir agora R$2,9 milhões em patrimônio. Na declaração de 2014, quando concorreu ao cargo de deputado estadual, Carlesse tinha declarado possuir R$ 35,2 milhões. Comparando as duas declarações de bens, o governador interino teve uma redução patrimonial de 91,5% nos últimos quatro anos.
Entre os patrimônios que não constam mais na declaração de bens, estão uma fazenda em Duére, avaliada na Justiça Eleitoral em R$34 milhões, e uma residência em Gurupi, orçada em R$680 mil.
A assessoria de Carlesse não respondeu ao T1 sobre o que teria motivado uma perda volumosa de bens do governador interino em apenas quatro anos.
Banco do Brasil cobra dívida de 3 milhões
Corre ainda na Justiça de São Paulo uma cobrança com bloqueio de bens no valor de R$ 3 milhões requeridos pelo Banco do Brasil. O processo, que tramita na 3ª Vara Cível – Foro Regional IV – Lapa, em São Paulo, se iniciou em 1996 e se refere a contratos bancários.
O juiz responsável pelo processo é Sidney Tadeu Cardeal Banti. No dia 27 de fevereiro, o magistrado enviou o processo para o Ministério Público Eleitoral do Tocantins e no dia 23 de abril, determinou a publicação do envio dos autos no Diário da Justiça Eletrônico (DJE). Além de Carlesse, a ex-esposa do político, Rosângela Catarina Kiriliu, está sendo condenada na ação. De acordo com o Banco do Brasil, ambos possuem fundos de investimentos, créditos e pagamentos a serem realizados com a instituição.
Em abril passado, o T1 noticiou que a Justiça do Pará enviou uma ação penal tributária contra o governador interino para o Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO), em que Carlesse é acusado de fraudar R$ 4,7 milhões através de Elfi Química Ltda. A ação tramita no Pará desde maio de 2016. O juiz encaminhou o litígio para o Estado do Tocantins por causa do mandato parlamentar exercido por Carlesse.
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